Já aqui disse muitas vezes que, na hora de ir às compras e principalmente ao supermercado, sou pelo que é português.Cá em casa não entra leite que não seja nacional. Ou fruta e legumes que não tenham origem em Portugal. E carne portuguesa.
Dou comigo a ir a outro supermercado apenas para comprar leite. Apenas e só porque o leite magro marca branca do supermercado onde habitualmente faço as minhas compras é espanhol. E eu recuso-me a “dar” para essa causa.
A manteiga e o queijo também são sempre escolhidos pela origem, tendo eu uma predileção especial pelos lacticínios dos Açores.
Se as maçãs ou laranjas que quero comprar não têm referência ao país de origem vou perguntar, e se não forem portuguesas ficam exatamente onde estavam. E muitas vezes são os próprios funcionários do supermercado que me dizem o que é ou não nacional. Prefiro comprar as mais caras – mas muito, muito mais saborosas - bananas da Madeira do que as bananas mais baratas e apanhadas verdes que vêm do Equador ou da Colômbia.
Já deixei de comprar carne com desconto porque não era de origem portuguesa. E faço-o sem me lamentar do desconto que não estou a aproveitar.
E se os brócolos que me apetecem para o jantar não forem nacionais, compro antes a couve-flor que por acaso já era.
Só compro azeite e arroz português. E muitos outros produtos, apesar de saber que a matéria prima pode, e provavelmente vem de fora, tento sempre comprar marcas portuguesas.
Claro que esta é uma opção minha. Mas deveria ser uma opção de todos. Se ninguém comprar o leite magro marca branca do sítio X porque ele é de origem espanhola, ou as uvas que vêm do Chile, ou a carne de vaca da Irlanda não acham que podem fazer a diferença?
Há que escolher o que consumimos. Eu escolho o que é produzido em Portugal mesmo que algumas vezes isso signifique ir de propósito a outro supermercado comprar leite ou comer couve-flor em vez de brócolos para o jantar. Porque gerir o nosso dinheiro é também saber fazer escolhas sustentáveis. E para mim isto faz a diferença e ajuda a país a crescer, a produzir e a desenvolver-se.
Mais alguém pensa como eu?
(Nem sempre consumir português significa consumir produtos mais caros. Muitas vezes são ao mesmo preço. É esse o motivo que me leva a outro supermercado comprar leite - porque o compro extamente ao mesmo preço da marca branco do outro supermercado apenas com a diferença de estar a consumir português. E quanto à fruta e legumes eu não compro mais caros, apenas compro é os que são nacionais, o que é completamente diferente! E no caso do azeite por exemplo, também compro marca branca, do mais barato e nacional!)
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Eu concordo contigo, mas para falar a verdade, escolho sempre o mais barato. Infelizmente, não me posso dar ao luxo de comprar o que é português, porque é mais caro. E se gasto mais no supermercado, posso não ter dinheiro para pagar a conta da água (sem exagero).
ResponderEliminarBeijinhos, bom fim de semana
Não lhe tiro a razão, de todo, mas infelizmente para a maior parte de nós as escolhas são feitas de maneira a "esticar" o dinheiro até ao fim do mês. Que os produtos portugueses são de excelente qualidade, não tenho dúvidas, mas há prioridades que se sobrepõe...
ResponderEliminarSou sua seguidora e gosto muito das suas sugestões.
Beijos/ A mãe
Não posso estar de acordo quando dizem que o português é mais caro, porque nem sempre ou nem em todos os produtos. Compro leite marca branca - portanto do mais barato - português, mas para isso tenho de ir a outro supermercado. Mas custam exatamente a mesma coisa com a diferença de que um é nacional e o outro não. Compro azeite marca branca - e o mais barato - e português.
ResponderEliminarE quanto à fruta e legumes muitas vezes é uma questão de escolha e não de preço. Se os únicos brócolos são espanhois, pelo mesmo preço compro couve flor portuguesa. Exceção feita para a banana da Madeira...As pêras e maçãs mais baratas são quase sempre as portuguesas de calibre mais pequeno, mas mesmo assim há quem não as queira comprar por serem muito pequenas...
Por isso não acho que seja uma questão de o português ser mais caro, porque em muitos produtos não é verdade. (
Joana, penso exactamente assim e já o pratico há vários anos. Mesmo com as contas apertadas tenciono continuar, sinto-me mais Portuguesa! Sim porque apesar de tudo o que dizem e que fazem para estragar este país tenho orgulho em ser Portuguesa.
ResponderEliminarPois por cá também seguimos o lema de comprar o que é nosso. Já em casa dos meus pais era assim, e na minha não é diferente. As frutas e legumes são compradas no mercado do Bolhão ou nas mercearias da Baixa, onde os produtos são sempre nacionais (se tiver dúvidas da proveniência, não se traz). A banana da Madeira é definitivamente muito mais saborosa, entre tantos outros produtos que produzimos com grande qualidade. E de facto não se compra mais caro por isso, mas é tudo uma questão de planearmos bem as compras e levarmos apenas o que vamos necessitar, sem compras impulsivas que depois acabam por ir parar ao lixo. Outra vantagem é que nos mercados locais e mercearias os produtos são sempre os da época, e portanto o preço acaba por ser mais em conta. E é importante fazer compras conscientemente, de forma a dinamizar as nossa pequena economia local, injectar dinheiro quase que directamente nos produtores: quanto menos intermediários melhor, nós pagamos menos e o produtor acaba por ganhar mais :)
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarOlá Joana! Concordo a 1000% ( assim mesmo, com 4 zeros). Tudo bem que ainda não há crianças e portanto somos só dois... Mas quase só compro prod. nacional - tenho apenas algumas excepções a nível de alguns produtos ecológicos ou produtos que não encontro mesmo ( tipo papel autocolante que andei há procura durante semanas!). Seja comida, roupa, acessórios... mas compro produtos de marcas estrangeiras que tenha sido produzidos em pt: a tupperware tem alguns produtos feitos cá ( se bem que os "tuppers" cá de casa são 99% da domplex), as estantes expedit, do ikea( ou pelo menos as que tenho), roupa de algumas cadeias ( de melhor qualidade e pouco mais cara). Se não houver mesmo prod. nacional, prefiro prod. europeia a prod. asiática, pois têm mais garantias a nível de exigências com proteccção do ambiente e dos direitos dos trabalhadores. Podia por dinheiro de parte para viajar mais, comprar mais maquilhagem, comprar mais tralha ou ir mais vezes ao cinema... Mas prefiro apoiar a economia nacional.
ResponderEliminarBoa noite
ResponderEliminarSou seguidora do seu blog e gosto muito!
Mas como sabe que o leite é português? eu nunca vi indicação, costumo comprar o mais barato e de marca branca, e tanto compro num supermercado como noutro.
Bjs
Os produtos de origem animal (como o leite, iogurte, queijo) têm na embalagem informação num círculo (ou oval), o país de origem, um código que não sei a que refere e CE. Caso seja português, lá está o oval com PT.
EliminarNo caso do leite, geralmente está no topo, junto ao prazo de validade.
Não. Eu compro em função da qualidade e do preço do produto. Se o produto de melhor qualidade for estrangeiro e o preço competitivo, é esse que escolho. Se for nacional e mantiver estas características, é esta a escolha que faço. Mas no final do dia o que me interessa mais é a relação qualidade/preço, não necessariamente a origem do produto.
ResponderEliminarNão posso concordar mais... Faço as mesmas opções que tu. Sempre.
ResponderEliminarFico feliz de saber que estou a valorizar o trabalho de pessoas que vivem e trabalham no nosso país :)
E mais, é como dizes, por vezes os produtos são ainda mais baratos! Há muitas marcas brancas de origem portuguesa e de grande qualidade!
Obrigada pelo post e pela sensibilização dos teus leitores.
Se me deres autorização, vou citá-lo no meu blog ;)
Beijinhos
Tal como já disse em comentários anteriores, eu penso como Tu! Bjinhos e o q é nacional é Bom!
ResponderEliminarTambém opto sempre que posso pelo nacional, desde que a diferença de preço não seja exagerada. Pode dizer qual é o supermercado cujo leite magro de marca branca é português? É que o que compro não é e estaria disposta a ir comprá-lo a outro lado. Obrigada!
ResponderEliminarTambém faço um esforço por comprar produtos portugueses mas nem sempre isso é possível pois muitos deles limitam-se a ser embalados e distribuidos em Portugal e por empresas portuguesas. Isso do código indicar o país é um engano pois se lerem bem a origem vêem que o produto veio de outro país na maior parte das vezes.
ResponderEliminarSempre que posso compro produtos nacionais mas por vezes também não tenho opção pois aqui só tenho um supermercado e duas mercearias por onde optar. A nível de fruta e legumes tenho a facilidade de não só ter uma horta mas também ter mercearias locais que vendem esses produtos embora em geral a preços bem superiores (felizmente a frescura e qualidade dos alimentos costuma compensar).
beijocas
Para ser sincera optava sempre pelo mais barato, fosse ou nao nacional, mas com isto da crise e da austeridade mudei! Porque se nao formos nós a consumir portugues nao ajudamos o pais a andar para a frente! Agora estou mais atenta ao facto de ser nacional e tento comprar nacional embora as vezes seja dificil e implique mais voltas! :)
ResponderEliminarTambém opto sempre por português, a não ser que não haja. Hoje por exemplo comprei uma manga para os meus miúdos, que adoram, e que não há mesmo em Portugal. Já as bananinhas, tb compro sempre da madeira se houverem. Adoro! E acho que este boicote ao que é estrangeiro tem que ter mais força. Não estou a dizer que não compremos nada do exterior porque isso não seria possível por enquanto, mas temos de, decididamente, preferir português!!
ResponderEliminarhttp://mefrancesca.blogspot.com
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarJoana, faço minhas as tuas palavras... como moro nos Açores, dou destaque aos produtos regionais, depois aos nacionais e só muito depois os estrangeiros... ao fazermos isto ganhamos a todos os níveis, primeiro a nível de qualidade e de saúde, para quê comprarmos fruta de fora que em 2/3 dias fica podre por causa da forma como é armazenada e transportada no frio, se temos fruta local/nacional mais fresca e de melhor qualidade? Por causa de 30 ou 40 cêntimos o kg? Para além de que, como os produtos não precisam de ter uma "esperança de vida" muito grande porque não terão de ser transportados a longas distâncias e serão consumidos rapidamente, não necessitam de pesticidas e conservantes como os que vêm "d`além mar"!!! Só aí o que ganhamos a nível de saúde compensa qualquer valor que pagamos a mais!!! Também a nível económico, ganhamos porque o dinheiro das vendas ficam no nosso país. Ao estimularmos as economias regionais e nacionais, estimulamos também a que haja uma maior produção dos produtos portugueses, fazendo com que os seus preços baixem... e para mim, o que é nacional é bom (passe a publicidade) e não vejo que seja caro em relação aos produtos estrangeiros!!! E não, eu não sou rica e também como a maioria dos portugueses tenho de fazer ginástica para que o dinheiro chegue ao final do mês!!!
ResponderEliminarQuanto aos produtos que compro, os lacticínios e seus derivados, claro que são de cá, assim como carnes - afinal as nossas vaquinhas são vaquinhas felizes:), atum enlatado, peixes, massas, frutas e legumes... e uma cada vez maior variedade de produtos que são produzidos regionalmente...
Temos de ter orgulho no nosso país e todos podemos fazer a diferença... porque a mudança começa por nós!!!
Beijocas fofas
Se todos tivermos esse pensamente e principalmente essa atitude ajudamos a nossa economia. Partilho da mesma opinião. E posso contar uma situação que me deixou super irritada, recentemente fui como vou várias vezes ao hipermercado aqui da minha zona de residência para comprar fruta, legumes e peixe (gosto de ir á praça,mas nesse sábado não pude ir) e qual não foi o meu espanto que da parte da fruta a unica "portuguesa" eram as ameixas, dos legumes as cebolas e do peixe nem. De salientar que foi em Agosto, portanto mês de sardinha e carapau (eram espanhois), de pêra rocha e laranja do Algarve (mais uma vez Espanha e África do Sul), ainda fui perguntar ao empregado que me confirmou que realmente os produtos não eram portugueses. Fiquei tão indignada que sai de mãos a abanar e ainda fiz queixa por escrito. No dia seguinte telefonam-me do serviço ao cliente a perguntar o porquê da reclamação (ouviram das boas), juro que da próxima vez tiro fotos com o telemóvel e publico no facebook.
ResponderEliminarBjs
Helena Oliveira
olá Joana, cá pelas minha quinta :-), optei por juntar o útil ao agradável e, de todo, tanto compro produtos alimenticios nacionais como de outros países á excepção de produtos cuja origem seja asiática (não confio minimamente!). Nas outras vertentes uso produtos de todo o mundo desde que me inspirem confiança. Decerto que temos de olhar pela nossa carteira mas todos os países têm o direito ás suas exportações, e quanto maior for a escolha que possa existir á frente do consumidor igualmente grande é a selecção feita á posteriori pelo cliente, logo a qualidade vai sempre aumentando.
ResponderEliminarNão pretendo que faça uma interpretação anti patriótica do meu comentário, nada disso...só lhe digo que por vezes pensamos que o que é nacional é que é bom, o que é caseiro será o mais natural mas, esquecemo-nos que a formação das pessoas que executam o produto para o consumidor final não é a melhor (ex: carne comprada ao amigo que até mata um porquinho mas no fim de contas verifica-se que a mesma não foi criada nas melhores codições :-().
Pense nisso! Beijinhos e continuo a visitar o seu blog sempre que posso.
Ola Joana! penso exactamente da mesma maneira que tu!cá em casa acabamos por ter que reajustar alguns gastos superfluos para comprarmos alimentação nacional e de qualidade. E a qualidade nem sempre significa mais caro! os legumes são comprados uma vez por semana no mercado biológico do Principe Real em Lx e existem variados legumes ( da época claro) que estão por vezes mais baratos do que no continente. Temos é que ter consciencia que são sempre fruta e legumes da epóca, mas desde que tudo bem gerido acabamos por poder congelar quase tudo e acabo por comer muitas vezes castanhas fora da epoca.
ResponderEliminarBeijinhos!
E porque não fazer uma lista de produtos portugueses pela qualidade/preço bem como de locais recomendados?
ResponderEliminarOlá Joana
ResponderEliminarConcordo integralmente, tens toda a razão!
Podes ver aqui:
http://cronicasdeumamae.blogspot.pt/2011/10/o-ze_17.html
Podia ser, mas não é, uma explicação para crianças, ainda assim, há quem não entenda.
P.S.
Comprei (finalmente) o teu livro "Feito em casa" e estou encantada. Parabéns.
Um beijinho e um enorme obrigada pelas tuas partilhas.
Olá Joana,
ResponderEliminarTalvez nunca tenha comentado o blog apesar de ser fiel seguidora. No entanto, os seus livros fazem hoje parte do meu dia-dia e sentindo que estamos mais próximas queria-lhe dizer que partilho inteiramente do seu ponto de vista que é também o meu.
Parabéns pelo trabalho com que nos tem brindado!
Esta atitude devia ser consensual, mas infelizmente temos que admitir que a maior parte das pessoas estão mais preocupadas com o seu "umbigo" que com o País, doa a quem doer é mesmo verdade. Estou por opção própria a viver numa zona rural à cerca de 6 anos, mas não tenho terra para cultivar. Sou vista com frequência a parar à berma da estrada sempre que encontro algum "local" a vender os seus parcos produtos da terra e é com enorme satisfação que trago para casa Abóbora, acelgas, grelos, pêra abacate, laranjas, dióspiros etc. Tem a vantagem de eu ter a certeza da nacionalidade do produto assim como da sua sazonalidade. O preço? Se não posso comprar 1Kg compro 0,5Kg. Sou contra qualquer tipo de ditadura, mas lembro-me do Franco da nossa vizinha Espanha que conseguiu desenvolvimento e tornar o país num dos 7 mais industrializados quando difundiu o slogan "o que é nosso é bom! Também nós devíamos pensar desta maneira e não só a nível de alimentos mas, também a nível de calçado, texteis etc.
ResponderEliminarVirgília Vieira
Olá,
ResponderEliminarFaço parte do lote de pessoas que lê todos os dias e que raramente comenta.
Só compro Português se compensar financeiramente. Se o artigo do lado, ou no supermercado do lado, estiver mais barato (com ou sem desconto), estou-me nas tintas para o sítio de onde vem, pois prefiro-o. Se o preço for o mesmo, opto pelo português.
Infelizmente, o meu orçamento para compras é cada vez mais reduzido, e por muito boa vontade que tenha de ajudar a economia a andar, não dá.
Concordo! Concordo! Concordo!
ResponderEliminarOlá, sou brasileira e estou me mudando para Portugal final do mês. Tenho acompanhado seu blog e tenho achado interessantíssimo. Abs.
ResponderEliminarExcelente trabalho. Ele tem um conteúdo muito bom sobre o assunto e os seus comentários são muito bem-sucedida.
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