Já aqui falei dos nossos jantares comunitários. Mas entretanto já se passou tanto tempo que foram surgindo novos grupos e novas dinâmicas de jantares com os amigos.
Os jantares quase que deixaram de ser comunitários – apesar de ainda fazermos essa modalidade ocasionalmente com alguns amigos – para passarem a ser partilhados. O conceito é semelhante, mas torna-se mais fácil de colocar em prática. Porque por melhor que seja levar os ingredientes e cozinhar juntamente com os amigos, nem sempre é possível e exige coisas tão obvias como uma cozinha espaçosa onde uns não atrapalhem os outros, e disponibilidade de todos para termos tempo de antecedência para a preparação do jantar. Foi por isso que contornamos o problema e tornamos os jantares comunitários em jantares partilhados.
Este género de jantares não funciona com muita gente, sendo o ideal um grupo de 3 casais, podendo eventualmente passar a 4 no máximo.
Depois a dinâmica é simples. Uma vez por mês juntam-se todos em casa de um casal anfitrião que vai rodando todos os meses, até todos terem sido anfitriões. Os anfitriões têm a responsabilidade de preparar o prato principal do jantar para todos, e, claro “dar a casa”. Os restantes “convidados” trazem o restante para partilhar – a sobremesa, a entrada e as bebidas, que também é dividido entre eles. Sendo assim, num grupo de 3 casais, se eu for anfitriã em Novembro, só o voltarei a sei em Fevereiro e depois novamente em Maio. Entretanto nos outros meses os jantares continuaram em casa de outras pessoas e eu continuo a contribuir para esses jantares com as bebidas, entrada ou sobremesa.Simples, não é?
Porque apesar das dificuldades, da crise, de termos menos dinheiro, não há motivo para não estarmos com os nossos amigos e de não mantermos uma vida social. Aliás, para quem tem crianças – que quase todos os nossos amigos têm- é uma maneira de tornar possível estar com os amigos sem o stress das crianças nos restaurantes. Estamos todos muito mais à vontade.
E falando ainda de custos – não fica propriamente caro. Não precisam de fazer um jantar de gala, pois o que interessa é o convívio e partilha. Normalmente fazem-se receitas simples e que rendam, que não nos ocupem na cozinha quando as pessoas chegam: uma lasanha, caril de frango, um prato de bacalhau… (E podemos estar a cozinhar para 6 pessoas, mas nos meses seguintes não fazemos duas refeições em casa o que em termos de orçamento vai custar exatamente a mesma coisa que se cozinhássemos e comêssemos em casa.)
Portanto nada de deixar os tempos mais difíceis impedirem-nos de apreciar e estar com os amigos e de manter uma “vida social”.
De que é que estão à espera para começarem um grupo de jantares partilhados?
(Uma pequena nota acerca de como podem implementar estes jantares. A melhor solução é mesmo falar com dois ou três casais amigos e explicar se querem formar um grupo de jantares partilhados, onde as "regras" são as que se explicaram anteriormente. Se todos estiverem de acordo é mais provável não haver os habituais "cortes" quando os jantares mudam de anfitriões. (Por aqui nunca nos debatemos com esse problema, mas quando começamos com este tipo de jantares todos concordaram com as "regras" e há até um certo orgulho em ser anfitrião!)
E outra regra muito importante é nunca alterar a ordem, e deixar sempre jantares marcados de uns meses para os outros. Por aqui, ainda antes de um jantar acabar já se está á marcar o próximo em casa do anfitrião seguinte. O importanto é que, quando se começa um grupo deste género, todos saibam como funciona e desde o início todos estejam de acordo.)
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Um amigo meu adoptou este conceito na festa de aniversário: cada um trazia uma coisinha! Ninguém gastou muito dinheiro, e em vez de cinema houve karaoke na garagem e convivemos uns com os outros, que era o principal. Muito mais barato que jantar+cinema+saída, que é sempre incomportável para mim :)
ResponderEliminarJoana, eu já dei essa ideia várias vezes, mas parece q ñ pegou... Aliás, até pegou, mas infelizmente, acabava por ser sempre em casa da mesma pessoa pq os outros ñ ofereciam a sua casa... Resultado, qd se faz alguma coisa, o grupo é mais pequeno e claro, só esporadicamente... Sinto q, com esta fase complicada q estamos a viver, mts pessoas estão a ficar mais introvertidas e isoladas... Mas já disse e continuo a dizer: são as amizades e os convívios q ajudam a ultrapassar as dificuldades e ñ nos permitem entrar na fossa! Mas q queres, nem td a gente pensa como nós... é triste, mas ñ podemos forçar as pessoas... Eu vou continuando a tentar com quem vejo q consigo convencer :) Bjinhos e continua com esses jantares, sâo um bálsamo para a alma e para a boca :)
ResponderEliminarExcelente post. A ideia é muito boa, mas infelizmente a minha experência vai no sentido da do Anjo-de-Mel. Os jantares acabavam por ser sempre na mesma casa (regra geral a minha, q é mt pequena mas tem quintal) e no meses seguintes ninguém se mostrava interessado, havia sempre um senão. Desta forma acabei por desistir e só em casos especiais recorro aos jantares partilhados. Mas continuo esperançosa que os outros casais compreendam os beneficios destas alternativas. :)
ResponderEliminarJoana, já há 3 anos que nós mais 5 casais optamos por este método. Tudo começou com um jantar de aniversário num restaurante caríssimo (e sem as crianças que também nos faz bem). Quando chegamos ao fim de uma
ResponderEliminarbelissíma noite entre amigos, numa conversa descontraída sem as interrupções dos miúdos e tudo que isso implica decidimos que teriamos que repetir - mas pagar 70 euros para cada casal jantar estava fora de questão!!! Então decidimos fazer em casa :) O nosso método é parecido com o teu: Um casal dá a casa e o jantar; outro leva o vinho (o que deu a casa no jantar anterior), dois levam as entradas e dois as sobremesas (e também é rotativo) e já todos sabemos como funciona e nunca tivemos problemas. Nesse dia temos que encontrar com quem deixar os petizes e lá vamos nós. Devido à "sobrecarregada agenda" só temos 6 jantares destes por ano, pois há meses que com aniversários e afins acabamos por estar juntos de outras formas. E temos um nome: Jantar dos Maduros!!!!
Beijinhos
Joana...já faço estes jantares com o meu grupo de amigos, desde 2006. Com as vidas que levamos, agitadas, a correr e cheias de stress e sem tempo, encontrámos uma forma de estarmos juntos, pelo menos uma vez por mês. Temos uma escala feita para que o casal que levou as bebidas num mês, por exemplo, não leve o mesmo no mês seguinte. Assim vamos rodando e não custa. O casal que dá a casa faz o prato principal. Como somos quase sempre uns 20, com filhos e namorada(o)s à mistura temos sempre que pensar em comidas económicas. Encontrámos uma maneira de conviver e de partilharmos momentos únicos. Eu tenho bastante orgulho de pertencer desde 2006 a este jantar (por vezes almoço, quando não encontramos datas compatíveis) a que demos o nome de Tratado de Cascais 2006. beijinhos e espero que partilhes m ais ideias connosco.
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