segunda-feira, 4 de março de 2013

O Balanço – Fevereiro o mês sem gastar

Eu sei que muitas pessoas não concordaram muito com esta ideia de “um mês sem gastar”. Felizmente cada um de nós é livre de ter uma opinião e de a expressar cordialmente.
De qualquer maneira, sei que houve pessoas que quiseram passar este mês sem gastar em coisas supérfluas, tal como eu.
Confesso que não foi assim tão fácil. Apesar de ter plena consciência dos meus gastos mensais e de saber ao certo para onde vai o meu dinheiro todos os meses e de saber que sou até bastante controlada com os meus gastos. Mas é sempre mais difícil não gastar deliberadamente. Pensar efetivamente em todos os nossos gastos, euro a euro, cêntimo a cêntimo. Se por um lado tenho a felicidade de ainda poder gastar algum dinheiro em coisas menos essenciais, por outro lado não deixa de ser “pouco confortável” pensar em quem tem de diariamente fazer esta “ginástica” de tentar esticar o orçamento e que o fazem não num mês sem gastar, mas sim todos os meses e todos os dias. E acho que foi nisso que mais pensei durante este mês, em como é ter obrigatoriamente de deixar de lado todos os pequenos luxos, todos os pequenos gastos que nos dão vidas mais confortáveis.
Para mim foi só um mês em que não fui tomar café fora. E em que não comprei as minhas revistas de culinária e em que não fiz o meu lanche e almoço mensal com as minhas amigas. Foi um mês em que não comprei nada para mim, nem comprei nada menos necessário no supermercado. Um mês em que aproveitei para gastar mais as coisas que já tinha em casa – no frigorífico e na despensa, fazendo algumas novas experiências culinárias. Mas para mim foi só isso. Foi evitar alguns gastos durante um mês. Porque sei que depois deste mês ainda posso voltar a fazer os meus pequenos gastos supérfluos habituais, e que eles, por enquanto ainda podem fazer parte do meu orçamento.
O mês sem gastar poderia servir para muitas coisas. Para poupar para um objetivo familiar ou pessoal, para termos uma noção maior dos nossos gastos, para equilibrar um mês em que se gastou mais, para ensinar aos filhos o valor do dinheiro, para percebermos o que é termos de viver com menos do que temos atualmente…
Eu consegui não gastar uns simpáticos euros no mês de fevereiro (nada de especial que eu também não sou muito esbanjada!). E em vez de os colocar no mealheiro, ou no envelope para despesas futuras ou para um “pé de meia” ou fundo de maneio ou para pagar alguma dívida, decidi que os meus euros não gastos em coisas supérfluas durante o mês de Fevereiro, iam servir para outra coisa mais solidária.
Mas claro, cada um de nós é livre de usar o seu dinheiro da forma de achar mais correta e consciente. Esta foi a minha experiência. E as vossas?

(E desculpem esta longa ausência sem postar... O tempo foi pouco para tudo, principalmente por causa do novo livro. Mas estou de volta, prometo!)

18 comentários:

  1. Muito bem, foi um incentivo para uma pessoa como eu, mais gastadore digámos.
    Boa semana

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  2. parabens pela iniciativa, pelo bom rumo que deu ao dinheiro mas, principalmente, pela teimosia e persistencia e nao se ter deixado vencer pelos velhos do restelo!! :-D boa!!
    beijinho, Joana!!

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  3. Desde que conheci este blog que o visito diariamente, juntamente com o d'As Minhas Receitas". E aquilo que encontrei não foi só um blog que nos ensina a fazer uma boa gestão doméstica (que na minha casa já funciona graças a este blog)nem nem apenas ótimas receitas que também já vão fazendo parte do meu dia a dia. Encontrei, por trás de tudo isso, uma pessoa que, além de tudo, tem amor pelo que faz e, mais importante, pelos outros! Obrigada!
    De uma Joana para outra, que também é casada com um Miguel que também adora Snickers! :)

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  4. parabéns por ter conseguido atingir os objectivos eu ainda não fiz mas mesmo assim consegui poupar o e comprar alguns miminhos para mim como o seu livro novo fantástico desde já os meus parabéns :)

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  5. Inspirada pelo teu desafio, tb eu decidi gastar apenas no essencial. Pensava eu q gastava pouco em coisas menos necessárias, mas a verdade é que gastava muito e depois deste mês percebi que passo bem sem algumas coisas. Foi um desafio interessante! :)

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  6. já fazia falta os seus posts. bem vinda.

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  7. Este é o meu lema de vida há muito tempo, principalmente desde que nasceu a 1ª filha e as despesas aumentaram. Agora com duas filhas, com este crise que nos afeta a "quase" todos, com um orçamento familiar de cerca de 1.400 euros, com casa e carro para pagar e todas as contas como toda a gente, o esforço em gerir para chegar para tudo tornou-se hábito. Tudo o que posso eu faço, desde a alimentação a objetos que necessito, reciclando. Nunca gostei de fazer compras por isso não mé dificil evitar comprar. Quando preciso que elas sejam feitas dou uma lista ao marido com o que é necessário, e que não posso mesmo fazer, e resolvo o problema. As minhas filhas, principalmete a adolescente às vezes tem dificuldade em aceitar que não possa ter o que quer, mas com muito diálogo chegámos sempre a um consenso. Acredite que atualmente e apesar de toda a conjuntura, sou muito feliz porque não tenho a casa cheia de tralha, porque CRIO muitas coisas e por isso sinto-me preenchida e ainda consigo juntar um dinheirinho, pouquinho, mas consigo.
    Há muita gente que nem lhe passa pela cabeça que grande parte das coisas que compram podiam ser feitas em casa por elas (Homemade), a metade do preço,com o dobro da qualidade e com a vantagem de poderem sentir o prazer de terem sido elas a fazer.
    As maiores felicidades para si e para o seu blog

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    1. Também lido com a frustração de por vezes não chegar ao coração de uma adolescente que quer ter tudo e que de repente acha que levar lanche de casa para a escola, é foleiro...
      Outra coisa, não é tão frustrante também, quando no telejornal fazem projecções sobre as dificuldades de famílias com rendimento médio de 2500 eur, por exemplo? Vario entre a vontade de rir ou chorar, é conforme correu o dia!
      Felicidades :)

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  8. Adorei esta sua ideia de "tentarmos" não fazer gastos desnecessários. Confesso que ainda bebi alguns cafés fora, mas limitei as compras do supermercado ao estritamente necessário, gastando tudo o que tinha na despensa mais antigo e com o prazo de validade a terminar. Com três filhos temos mesmo que ter um bom orçamento mensal. Acho que esta dita "crise" está a fazer com que nos reinventemos.

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  9. Só agora tive conhecimento desta iniciative e adorei! Vou tentar implementar cá por casa, porque tenho noção que, por vezes, também se gasta em algo que não é estritamente necessário.
    Beijinho
    Sortido

    novo endereço: http://sortidocaseiroblog.blogspot.com

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  10. Infelizmente esse "exercício" já se pratica por estes lados há bastante tempo, e cada vez se torna mais difícil...acho que a Joana tem sempre boas ideias e que ajudam muita gente, nem que seja 1 ou 2 vezes por ano, acho sinceramente que esta experiência vai fazer muita gente ver a vida de outra perspectiva.
    Parabéns pelo seu sucesso!

    Beijos/ A Mãe

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  11. Gostei , eu como amo cozinhar e inventar comidinhas, estou tentando "criar" um cardapio semanal gostoso e com menos custo , mercado é ótimo para esvaziar os bolsos rs !

    Abraços

    Claudinha

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  12. Uma coisa é poupar, mas saber que tem dinheiro e que pode gastar quando precisar, outra coisa totalmente diferente é ter que poupar porque não tem dinheiro e viver angustiada por saber que nada tem...
    Mas é sempre válido ter hábitos de poupança, ainda mais nos dias que correm...

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  13. Infelizmente já faço essa ginástica há muito tempo, mas agora com parte do nosso rendimento em parte incerta, terá que ser cada vez mais rigorosa!!
    O que podia ajudar era haver honestidade na colocação dos preços nos supermercados, porque de semana para semana, senão mesmo de dia para dia, por vezes, os preços aumentam e não é pouco...

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  14. Visito diariamente os seu dois blogs e confesso que senti a sua ausência aqui n'a economia cá de casa mas quando vi o novo livro compreendi...
    PARABÉNS!!! Já tenho os outros dois livros anteriores e agora vou comprar este que me parece ser muito útil ... é sempre dificil decidir os menus semanais ... será uma grande ajuda! Obrigada!
    Maria

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  15. Eu desde pequena que fui habituada a poupar, nem sei viver de outra forma,
    admiro-me quando vejo pessoas com rendimento muito superior ao meu e estão cheias de dividas. Não vivo de aparências, não compro nada para me exibir, para mostrar que tenho isto ou aquilo, mas sim o que realmente me é útil. As minhas compras são sempre baseadas na qualidade preço, mas dentro das minhas possibilidades economicas. Por exemplo;Se um carro pequeno satisfaz as minhas nessecidades, porque heide comprar um grande, que vai ser muito mais caro, vou ter mais dificuldade para o pagar. O dinheiro que dou a mais pelo carro vai-me fazer falta para outras coisas que até me podem ser mais úteis. Também faço muitas coisas para a minha casa, pois muitas não as teria se assim não fosse. Se muitas pessoas vivessem mais para dentro do que para fora, pensando no que os olhos dos outros pensam delas, provavelmente viviam muito mais felizes. Pertenso há classe média baixa e foi por ser sempre muito poupada, que tenho casa e carro e não tenho dividas.

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  16. Eu ja faço isso há meses. Não há refeiçoes fora de casa, para o almoço todos os dias vem a marmita para mim e para o marido e as crianças levam o lanche de casa. Já não me lembro da ultima vez que comprei alguma coisa para mim. Mesmo assim cada vez sobra mais mês ao fim do ordenado :-(

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  17. Acho um bom exercicio, mas também é necessário que não se acabe com a economia do país. Mal de nós se ninguém fosse ao café ou ao cabeleireiro ou que não comprasse um livro ou uma peça de roupa. Julgo que a receita é o equilibrio entre poupar e gastar!

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