Um dos meus objectivos pessoais para este ano de 2018, é ter mais atenção ao lixo que produzimos, e tentar reduzir, reciclar e reaproveitar cada vez mais. E isso aconteceu com o leitura do livro “Desperdício Zero” da Bea Johnson. Apesar de o livro mostar um perspectiva um bocadinho fundamentalista da coisa, também indica caminhos fáceis de colocar em prática e que todos podemos seguir. Porque se todos fizermos pequenas coisas, o impacto pode ser grande....
Cá em casa a reciclagem é constante. Somos bastante cuidadosos com a separação do lixo, e reciclamos tudo o que é possível, desde as coisas mais convencionais, como o vidro, papel e embalagens, mas também as rolhas, as tampinhas plásticas, os medicamentos fora do prazo (que levamos para a farmácia), os óleos alimentares usados e as pilhas...
Para além disso, sou uma acérrima reaproveitadora de frascos de vidro - e tenho um armário cheio deles, que uso para tudo e mais alguma coisa, desde aproveitar para a despensa, como para congelar coisas, colocar o iogurte caseiro, as compotas, .... e além dos frascos de vidro tento aproveitar tudo o que pode ter outra vida e outras utilidades no nosso dia.
E ando também a tentar reduzir o plástico, pois acho impressionante a quantidade de embalagens plásticas e não só nos dias que correm. E, quem faz separação de lixo e reciclagem certamente que já se apercebeu do mesmo.
Acho também que pequenos gestos fazem uma grande diferença, e não precisamos de sermos fundamentalistas. Se cada um de nós mudar duas ou três coisas nos seus hábitos, isso pode trazer grandes mudanças. Os “baby steps” são importantes quando se tentam mudar mentalidades. No meu caso, não quero mudar a cabeça de ninguém, mas apenas indicar algumas simples mudanças que evitam desperdícios.
Uma das minhas primeiras resoluções foi reduzir os sacos de plástico quando vou às compras. Como já aqui referi diversas vezes, faço cada vez mais compras em comércio local, como é o caso das frutas e legumes: ou vêm no cabaz da semana da Dona Rosa, ou compro na frutaria habitual. No caso do cabaz, eles ou embalam em pequenos sacos de papel ou colocam tudo no saco de sarapilheira que trás o cabaz, pelo que o plástico é muito reduzido. No caso da frutaria.... bem. Eram sacos e saquinhos de frutas e legumes variados. Portanto a resolução foi: fazer sacos de tecido (algodão) - reaproveitando tecidos - para colocar as frutas e os legumes. Na frutaria onde vou foram logo muito elogiados. E também já os usei em supermercados como o Aldi e o Supercor e ninguém me levantou nenhuma objeção...
Ainda nesta decisão de reduzir as mil embalagens que nos vêm parar a casa com tudo e mais alguma coisa, descobri em Coimbra uma loja de venda a granel de produtos essencialmente biológicos, a Grão Natural (eu só conheço esta, não sei se haverá outras!) A vantagem é que além de reduzir o plástico - têm saquinho de papel para colocarmos as coisas, também podemos levar as nossas próprias embalagens - frascos - para trazermos os produtos a granel. Tenho lá ido comprar algumas coisas que costumava comprar embaladas anteriormente, como leguminosas, cacau em pó, quinoa, flocos de coco.....
Antes disto tudo, já tinha começado a substituir as caixas plásticas por caixas de vidro hermética, a usar sacos reutilizáveis e cestas de vime para ir às compras, a aproveitar todas as aparas para as minhas galinhas, reduzindo assim o meu lixo orgânico. E voltei a utilizar com mais regularidade o spray multiuosos com água e vinagre e fiz sabão “líquido” partindo de sabão azul tradicional (se acharem pertinente e quiserem, volto a falar disso aqui num post). Não deito nada fora que esteja em boas condições e que possa ser aproveitado por outras pessoas ou para instituições - como roupa, calçado, brinquedos, coisas de casa.... Já para não falar no reaproveitamento constante na cozinha.
E por aí? Que habitos de reaproveitamento e redução de “lixo” têm?