terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ontem sobras, hoje o jantar!

Eu sei que me torno muito repetitiva em alguns assuntos, mas não desperdiçar comida é algo que está entranhado em mim. E eu sei que não sou a única a fazê-lo, cada vez mais a consciência e a necessidade de cada um, nos leva a desperdiçar o menos possível e a termos respeito pela comida.
Às vezes o difícil é perceber como podemos aproveitar tudo da melhor forma. Nem sempre sobras reaquecidos são a melhor forma de usar as caixinhas que se amontoam no frigorífico.
Esta semana que passou, fizemos uns grelhados para dois. No final sobrou pouca coisa: um resto de salsicha, meio tomate da salada, um restinho de pimento assado. Coisa pouca, mesmo muito pouca mas que mesmo assim não foi parar ao lixo. O resto do dia anterior transformou-se num saboroso jantar no dia seguinte.
Comprei uma baguete e cortei-a em pequenas fatias que tostei na frigideira com um pouco de azeite. Ia fazer uma tábua mista de tapas para o nosso jantar de domingo.
Aos pimentos assados juntou-se uma lata de sardinha em tomate e assim nasceu a primeira variedade de tapas.
Na segunda variedade barrei o pão com um pouco de mostarda, juntei umas folhinhas de rucula que tinha em casa (mas que podia ser alface) e juntei as sobras de salsicha, que cortei às rodelas e reaqueci.
Uma terceira variedade gastou o meio tomate aberto. Cortei o tomate em cubinhos, juntei umas folhinhas de manjericão e coloquei nas tostinhas juntamente com cavala em conserva (mas podia ter sido atum…)
Sobrava pão – e os restos já estavam todos despachados. Na gaveta do frigorífico descobri uns poucos cogumelos frescos, porque afinal há mais qualquer coisa a precisar de ser consumida, e salteei-os rapidamente com um pouco de alho e azeite. Coloquei sobre as tostinhas e terminei ralando um restinho de queijo de Serpa sobre os cogumelos.
Jantamos algo de diferente e limpei as sobras.
E vocês, que tratamento dão às vossas sobras alimentares? Só as aquecem ou dão-lhes uma nova cara?

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Aproveitar Promoções #3

Há uns tempos comprei pato inteiro por metade do preço, uma boa promoção que decidi logo aproveitar, assim como de um bom chouriço que também estava a metade do preço.
Podia simplesmente ter congelado o pato para usar mais tarde, mas resolvi de outra maneira.
Como em breve haverá um bebé cá em casa, acredito (ou melhor, tenho quase a certeza) que nos primeiros tempos será mesmo muito difícil tirar tempo e atenção do bebé para cozinhar. Sendo assim, um conselho que várias pessoas me têm dado, desde médicos, enfermeiras e amigas que já tiveram filhos, é o de ter algumas refeições preparadas no congelador, ou pelo menos “esboçadas” e prontas a confecionar rapidamente.
Por isso, ao comprar o pato, resolvi logo cozê-lo, juntamente com o chouriço, sal, pimenta, cebola, uma cenoura, cravinhos, louro e salsa (tal e qual como se coze para fazer o arroz de pato). Depois de bem cozido, deixei arrefecer e desfiei cuidadosamente o pato. Dividi depois a carne por três caixas plásticas e juntei 3 chávenas de caldo de cozedura do mesmo, assim como algumas rodelas de chouriço e de cenoura. E congelei.
Mais tarde, cada uma destas caixas vão dar para uma refeição para duas pessoas. Pode ser arroz de pato, mas também pode ser um empadão de pato. Ou uma massa com pato ou um folhado de pato, ou empadas de pato ou lasanha de pato… Qualquer coisa que me apeteça no momento e para a qual aproveitei (bem, acho eu!) a promoção.
Mas um pato com 50% de desconto acabou por dar para mais do que 3 refeições. Três, são as que estão congeladas e quase prontas a usar, mas com o restante caldo, os miúdos do pato e umas massinhas e ainda consegui fazer uma canja de pato que acabou a ser o nosso jantar num domingo sem grande fome.
Não é preciso muito para usar com inteligência e imaginação as promoções em vigor e assim termos um pequeno stock de alimentos e refeições para toda a família.
Fazem o mesmo? Que outras sugestões podem dar para aproveitar as promoções?

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Um bebé a caminho... Lista de Puericultura (pesada!)

Tem sido algumas as solicitações para partilhar aqui algumas sugestões em como não sair do orçamento quando um bebé está a caminho. Não sei se serei a pessoa mais indicada para o fazer. Por um lado porque sou mãe de primeira viagem e, portanto mais susceptível a comprar itens desnecessários. Por outro lado porque não me cabe a mim estipular o orçamento que cada família poderá gastar nos artigos que necessita.
Posso falar-vos apenas do que tem sido a minha experiência nestas 30 semanas, da lista que elaborei depois de muita pesquisa, e de muita conversa com mães minhas amigas, de algumas coisas que entretanto fui constatando, e de como fiz as minhas escolhas.
É apenas uma orientação do que eu achei realmente necessário e de como estabeleci o meu próprio orçamento com base no meu estilo de vida e daquilo que eu acho que vão ser as minhas necessidades. É apenas a minha perspectiva, a minha opinião e nada mais.
Se, como eu forem mães de primeira viagem, há um mundo novo a descobrir, e muitas coisas a comprar. Se puderem, quiserem e tiverem a quem, peçam emprestado algumas coisas como o ovo, o carinho, alcofa, banheira…
Tenham apenas atenção a uma coisa que é pouco falada, mas muito importante. Um “ovo” que já tenha sofrido um acidente de viação não deve ser voltado a usar, pois é natural que tenha sofrido alterações a níveis estruturais e assim tenha comprometido a sua eficácia na segurança rodoviária do bebé. Se estiverem a usar um “ovo” emprestado perguntem antes se já sofreu algum acidente. Pode parecer um pormenor, mas é realmente importante, e acredito que todos querem a maior segurança para o bebé.

Lista de essenciais (da chamada puericultura “pesada”, principalmente no orçamento!)

- Carrinho de bebé – Há de todos os gostos, para quase todas as bolsas e com muitas opções diferentes. Conseguem-se trios (conjunto de carrinho com cadeira de passeio, ovo e alcofa) por cerca de 300euros, e há outros que ultrapassam os 1000euros. Como me disse uma vendedora numa loja multimarcas, depende de quanto os pais estão dispostos a gastar, mas depende muito do tipo de utilização que lhe vão dar. Se for um carrinho para passear em shoppings e pouco mais não vale a pena um grande investimento. No entanto pais que saem bastante com as crianças, que montem e desmontem as rodas do carrinho bastantes vezes ou que estão muitas vezes sozinhos devem ter em atenção a facilidade de abrir e fechar o carrinho e o peso do mesmo. Devem também ter em atenção o espaço que ocupa na mala do carro – em relação ao espaço que têm disponível. A resistência do chassis (rodas) é também algo que devem ter em atenção. Muitos carros, ao fim de algumas utilizações em terrenos mais acidentados, empedrados etc, tendem a chiar ou a ficar com folgas e muitas vezes não são os mais baratos. Aconselho-vos que depois de se decidirem por um – e antes de comprarem - procurem em fóruns a opinião de outros pais que tenham adquirido carrinhos iguais e depois, tomem uma decisão informada para evitar arrependimentos mais tarde.

- “Ovo” – Até podem não comprar nenhum carrinho, mas ninguém vos deixa sair de uma maternidade sem o ovo. Mais uma vez a gama de preços pode variar entre 70 a 300 euros. Procurem um ovo que esteja realmente homologado (deverá ter um selo em como é seguro e passou os testes de segurança rodoviária). Em sites como a Deco Proteste, podem comparar diversos ovos e escolher um que tenha uma boa qualidade/preço. Importante é que, como disse esteja homologado, mas que seja simples de colocar e retirar do carro. Experimentem na loja antes de tomarem uma decisão. E vejam várias coisas, não se decidam pela primeira antes de verem outras opções (tal como os carrinhos – e procurem sempre informação e opinião, online ou não, de alguém que tem o mesmo artigo). Convém que a capa do ovo seja fácil de retirar e facilmente lavável na máquina. Existem também no mercado alguns “ovos” reclináveis que permitem que o bebé durma mais confortavelmente (apenas para serem usados nessa posição na função de passeio e NUNCA no carro). Tendo em vista que o bebé não deve passar mais de 1h30 no ovo, por causa da posição, poderá ser uma opção para algumas pessoas.

- Base isofix – Não é bem um essencial, mas sim uma opção se o vosso automóvel assim o permitir. Pessoalmente acho que tem muitas vantagens. A base isofix tem sempre 3 pontos de fixação, sendo que dois deles estão directamente ligados ao chassis do automóvel, o que pode tornar-se mais seguro. O ovo encaixa muito facilmente nessa base, o que evita o uso dos cintos de segurança para prender o ovo ao automóvel. Se optarem por esta base, terão de ter um ovo que seja apropriado para as bases isofix, e adquirir a base separadamente. Em algumas marcar, a base poderá servir depois, para além do ovo, para as cadeiras auto dos grupos seguintes. Mas a maioria das marcas tem base isofix para cada uma das cadeiras auto à medida que a criança vai crescendo, pelo que é um custo adicional que só vai durar o tempo que a criança andar no ovo, sensivelmente um ano. É portanto algo que também devem pesquisar e ponderar custos/utilização.

- Alcofa - Não o posso considerar também um essencial, mas sim uma opção. Muitas vezes vem já incluída no chamado trio (ovo + alcofa+ carrinho de passeio). Há pais que a acham essencial, outros que raramente usam. Conheço quem não tenha passado sem ela para ter na sala para os sonos da tarde, e quem nunca tenha tido sequer uma.
A opção de colocar o bebé a dormir durante a noite, no quarto dos pais na alcofa, não é nada consensual, e há opiniões (de pediatras e enfermeiras especialistas) que a associam à morte súbita do latente, pois o bebé tem tendência de se chegar aos bordos da alcofa e poderá sufocar. Há por outro lado médicos que aconselham a criança a dormir dentro de uma alcofa em cima da cama de grades, por esta aconchegar melhor o bebé e ele não se sentir tão perdido. E não é só neste tema que há muita divergência de opiniões como poderão constatar com já quem tem filhos.
Mas há também quem queira uma alcofa para transportar o bebé no automóvel em viagens mais longas. Atenção! Apenas algumas marcas e tipos de alcofas estão homologadas! E é também necessário um kit que prende o bebé dentro da alcofa e lhe segura a cabeça e o pescoço que é muito frágil. Mais uma coisa que devem ponderar antes de comprar, e um bom item para pedir emprestado até porque tem uma duração relativamente pequena.

- Banheira – Também aqui há modelos para todos os gostos e todas as bolsas. Das mais tradicionais, em plástico que se colocam em todo o lado, às banheiras “shantala” que parecem um balde e que há quem diga que são melhores para dar banho a recém nascidos. Existem depois modelos mais cómodos que se colocam dentro da banheira normal apoiando-se nas laterais, ou ainda as banheiras com suporte, que permitem que os pais dêem banho aos bebés sem estarem curvados. Muitas destas banheiras com suporte incluem ainda uma “tampa” com muda fraldas, que poderá nem sempre ser muito fácil de baixar e levantar quando se tem um bebé pequeno ao colo, molhado e escorregadio. Mais uma vez é uma questão de verem o que acham que melhor se adapta para vocês. Este tipo de banheira tem também uma duração relativamente curta, cerca de 6 meses, pelo que pode ser também um bom item para pedir emprestado. Há no entanto pais que acabam a usar as banheiras com muda fraldas enquanto a criança usar fraldas, exactamente por causa dessa funcionalidade e por não se terem de dobrar.

- Cama de Grades – Poderá não ser essencial nos primeiros tempos, se optar por colocar o bebé a dormir numa alcofa ou num berço, mas mais tarde ou mais cedo terá de ter uma. Independentemente do modelo e marca que adoptar (seja uma cama simples, ou com gavetas e módulos que mais tarde se transformam em cama com mesas de cabeceira e secretária), o importante é que o colchão deve ter mais do que uma posição – uma mais alta e outra mais baixa para quando o bebé se coloca de pé – e as grades não devem ter um espaçamento muito grande para que o bebé não enfie a cabeça entre as grades. Há modelos em que uma dos painéis laterais sai para a criança poder, numa fase mais avançada entrar e sair da cama sozinha, ou enquanto bebé colocar em sidecar junto da cama dos pais. Mais uma vez a opção deve ser de acordo com as necessidades de cada um.

- Cómoda - Uma cómoda, mesmo que seja uma que já tenha em casa, é sempre algo necessário para arrumar a roupa do bebé. Depende essencialmente do seu gosto pessoal e de como está a pensar decorar o quarto do bebé, se fizer um.

- Berço – Mais um item que não é essencial, pois poderá perfeitamente passar sem ele, principalmente se já tiver uma alcofa. Os berços podem servir para o bebé fazer as sestas ao longo do dia, ou para estar no quarto dos pais enquanto o bebé não passa para o seu quarto/espaço e para a sua cama de grades. É um item que tem também uma vida relativamente curta, pois o bebé rapidamente cresce e deixa de poder dormir em segurança no berço.

Estes são para mim, e na minha opinião, as coisas verdadeiramente essenciais, e também as mais caras e que exigem um maior esforço orçamental.
Pessoalmente optei por ter um carrinho de melhor qualidade, porque acho que é um item que se “desgasta” mais e também optei pela base isofix, pela segurança e também pela facilidade em retirar e colocar o ovo dentro do carro. Quanto à cama e à cómoda optei por algo mais em conta e comprei artigos IKEA.
Curiosamente a banheira que o Zé Maria vai usar é a minha banheira de bebé que tem perto de 35 anos e já naquela altura era uma banheira com suporte e com muda fraldas. Como todos os meus amigos ou tem bebés pequenos ou estão com os segundos filhos bebés, é difícil poderem emprestar coisas que ainda estão a uso, mas quem poder aproveitar é uma excelente maneira de controlar um orçamento mais apertado. Não se esqueçam é de devolver tudo devidamente limpo e acondicionado depois de usarem…
Há algumas coisas que, apesar de essenciais não falei aqui, porque acho que são coisas que as pessoas tendem a oferecer na altura do nascimento, e que para os primeiros tempos não fazem grande falta, como as espreguiçadeiras, as cadeiras de comer ou a cama de viagem. Como diria um amigo meu, “não comprem tudo para haver ainda alguma coisa para vos oferecerem!”

Mamãs ou futuras mamãs por aí, sintam-se à vontade para vir aqui partilhar essenciais em falta ou dar a vossa opinião!
(Numa próxima oportunidade farei uma lista de essenciais da puericultura leve – como as roupinhas, os sacos, produtos de higiene, o muda fraldas…, que este post já vai longo!)