quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Dos cabazes de Natal 2012







Apesar da falta de tempo lá com segui acabar todos os meus cabazes. Uns em caixas, outros em cestos, outros ainda em caixas recicladas e forradas com papel de embrulhos. Cabazes que foram em latas ou pratos. Houve cabazes de todas as formas e feitios. Muitos e para todos os gostos. Todos feitos com amor e carinho e entregues com um sorriso aos destinatários.
Cabazes com chutneys, licores, bolachas, molho de tomate e pickles. Com mistura de esparguete. Com compotas. Simples kit massas. Latinhas com gomas ou brittle de amendoim. Mini-bolos cozinhados na véspera de natal. Marmeladas de Outubro e compota de pêssego de Junho.
Pela primeira vez houve bolachinhas preparadas com a ajuda do Miguel – que este ano também quis colocar a mão na massa e ajudar a fazer.
Receitas escritas a acompanhar a maior parte dos cabazes, que foram acabadas de escrever ainda no dia 24… Enfim! A correria habitual, mas a mesma paixão de sempre, de poder dar o que faz com amor, dedicação e pelas nossas mãos.
Espero que os vossos cabazes tenham sido bem recebidos e que tenham feito os vossos amigos e familiares felizes. Boas Festas!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Sugestões para os cabazes de Natal #7 – Mini – Bolos

Com o natal mesmo à porta, certamente que os vossos cabazes de natal estão já quase terminados. Mas para os que ainda estão um bocadinho atrasados, ou que não sabem o que fazer, aqui fica mais uma sugestão: uns mini-bolos de frutos secos, quase como se fossem uns mini-bolos rainha, cuja receita está hoje no As Minhas Receitas.
As forminhas que utilizei, foram compradas na More Than Cookies, mas a falta das formas não serve de desculpa para não fazerem estes bolinhos.
Coloquem-nos em forminhas de alumínio ou moldem-nos em forma de bolo rei em miniatura. Depois de prontos e arrefecidos embrulhem-nos em película aderente ou coloquem-nos em saquinhos de celofane. Ponham uma etiqueta bonita e estão prontos a distribuir.
Acho que os meus bolinhos ficaram super amorosos, e tenho pena de me ter esquecido de lhes tirar uma foto depois de embalados e antes de seguirem viagem para presentearem umas pessoas muito especiais.
Esta é a última sugestão para os cabazes deste natal. Espero sinceramente que a partilha de todas estas ideias tenha sido de alguma utilidade, e que gostem tanto de preparar e oferecer estas oferendas caseiras como eu.

Boas Festas a todos!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Sugestões para os cabazes de Natal #6 - Lata com Sortido de Bolachas

A falta de tempo é sem dúvida o meu pior inimigo quando chego a esta altura, a uma semana do Natal. E presumo que não sou a única.
Apesar de o dia 25 estar quase a chegar, ainda há tempo para colocar em prática algumas ideias, e é a altura para começar com as bolachinhas. Diz a tradição cá de casa que as bolachas só se começam a fazer depois do meu aniversário, e à medida que vou distribuindo os cabazes.
Neste caso não há cabazes. Há sim uma latinha com bolachas que vai seguir viagem via CTT até chegar aos destinatários.
A ideia é simples: fazer um sortido de bolachas com a mesma massa base, mas variando os sabores e a formas para criar bolachas diferentes. Vi a ideia de fugida numa revista, mas usei uma receita conhecida, simples e habitual de bolachas. (Cuja receita encontram aqui!)
Fiz a massa, dividi-a em 4 partes. A uma misturei raspa de laranja. A outra essência de baunilha. A outra canela em pó e à última chocolate em pó.
Com a massa de laranja formei bolinhas e cobri com açúcar demerara. Com as de baunilha fiz também bolinhas e coloquei um pedacinho de chocolate ao meio para derreter. Com as de canela estiquei-a com o rolo, polvilhei com mais canela e enrolei como se fosse uma torta. Depois cortei em fatias fazendo um engraçado efeito de espiral. Com as de chocolate formei um rolo que passei em amêndoa ralada e depois também cortei em fatias.
Depois de prontas e arrefecidas, coloquei-as na lata dentro de forminhas de papel frisado, como as latinhas sortidas que se compram no supermercado.
E pronto, depois de decoradas, um miminho de natal pronto a seguir para o seu destino. E mais uma sugestão ainda a tempo do Natal.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Ir Fazendo o Natal


O Natal é mais do que o dia 24 e 25 de Dezembro. É mais do que jantar, abrir os presentes, e almoçar no dia seguinte.
Para mim o Natal começa no dia 1 de Dezembro e só acaba no dia 6 de Janeiro. Começa com chocolate quente, músicas de natal e decoração da casa e da árvore. Continua com o apanhar do musgo e o fazer do presépio. Com a preparação dos cabazes de natal. Com as bolachinhas e os docinhos. É Natal quando preparo e decoro os cabazes, quando escrevo os postais de natal.
Durante o Natal decidem-se as ementas a fazer tanto para a ceia e dia de natal como para o meu aniversário. E é obviamente Natal quando se compram os presentes, quando se embrulham na mesa da sala atolada de coisas e quando se fazem mil e um encontros e jantares de natal com os amigos e colegas.
O Natal não se esgota em dois dias. Em um jantar e um almoço e alguns presentes abertos a correr. É tão mais do que isso. E vai-se fazendo, dia após dia. Nas luzinhas, no calendário de advento escrito todos os dias, na preparação dos postais e dos cabazes. Nos doces de natal. No peru ou no cabrito. No bacalhau. Nos votos de boas festas. Na família que se (re) encontra. Nas músicas de natal. Nos sorrisos. No presépio ainda sem menino Jesus e com os reis magos vagarosamente a chegarem cada vez mais perto, todos os dias mais um bocadinho. Nas tradições de cada um. Nas mudanças.
E depois ainda dizem que por causa disto ou daquilo não há Natal. Há sempre Natal. Porque reunir a família, partilhar uma refeição mais ou menos rica, celebrar o nascimento do Deus Menino e manter as nossas tradições fazem com que haja sempre Natal.
Na minha preparação para o Natal foi tempo de fazer e enviar os votos de boas festas, em postais personalizados.
E é assim que por aqui se vai fazendo Natal!

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Sugestões para os cabazes de Natal #5 – Brittle de Amendoim


Aos poucos os cabazes desde Natal vão tomando forma. Há kit de massas para uns, e cabazes mais tradicionais para outros.  A seu tempo irei fazer as habituais bolachinhas e gomas para os mais novos. Mas há também que descobrir coisas novas para mimar a família e os amigos.
E que tal uns docinhos simples para juntar a outras coisas num cabaz, ou para dar só assim dentro de uma embalagem bonita?
Sugiro um brittle de amendoim, uma espécie de caramelo-nougat de amendoim, perfeito para servir , por exemplo, com um café.
Aqui fica a ideia (e a receita!)

Brittle de amendoim (para cerca de 400g - 2 saquinhos)

75g de açúcar amarelo
200g de açúcar
75g de golden syrup ou mel
25g de manteiga
½ colher de chá de bicarbonato de sódio
150g de amendoins (torrados e salgados)

Preparação:

Comece por untar com um pouco de óleo um tabuleiro. Reserve.
Num tacho coloque os dois açúcares e o golden syrup ou mel e acrescente 75ml de água. Leve ao lume até dissolver bem o açúcar. Junte depois a manteiga e mexa bem até estar derretida.
Deixe depois a mistura ferver cerca de 8 a 10 minutos mexendo de vez em quando. (A mistura deverá deixar de ser cristalina para ser opaca.)
Retire do lume e junte os amendoins e o bicarbonato de sódio de imediato, mexendo bem. Verta depois a mistura para o tabuleiro preparado e alise com a colher de pau de modo a que fique com a mesma espessura. Deixe arrefecer completamente.
Depois de fria parta a mistura em pedaços com a ajuda de um maço de cozinha e coloque em saquinhos de celofane, latinhas ou frasquinhos. Decore a gosto e coloque uma etiqueta bonita.
(Desde que bem acondicionado num saco, frasco ou caixa bem fechado, aguenta algumas semanas em perfeitas condições)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Postais de Natal: faça-os, escreva-os e envie-os!


Cá em casa há uma tradição, quase perdidas pela maioria das pessoas, que se recuperou: os postais de natal!
Falo por mim, mas é tão bom abrir a caixa do correio e ver uma carta endereçada à mão por alguém que nos é querido. Uma carta pessoal. Algo mais do que as contas e a publicidade que nos enche diariamente a caixa do correio.
Não digo para agora deixarmos de envia emails e sms para passarmos a enviar cartas manuscritas mas, pelo menos no Natal, será que é assim tão difícil mantermos a tradição de enviarmos os tradicionais postais com cenas na neve, presépios, pais-natais, renas e árvores decoradas?
A culpa de tudo isto é do meu amigo Luís. Entre outros talentos, o Luís tem um jeito incrível para desenhar. Todos os anos recebo na minha caixa de correio um postal de natal desenhado por ele (e que normalmente representa uma cena natalícia pessoal!) com votos de boas festas. E o Luís mora a 1 km de distância de minha casa, e estamos juntos todas as semanas. Mesmo assim, todos os anos o seu postal de natal chega cá a casa. E invariavelmente é um dos meus favoritos.
O ano passado, e já contagiada por ele, passei também eu a enviar postais de natal aos amigos e familiares. Pedi as moradas e lá escrevi – à mão – mais de 30 postais de natal. Gostei muito de o fazer e espero sinceramente que quem os recebeu tenha sentido a mesma alegria que eu sinto, ao abrir a caixa do correio e descobrir um postal de boas festas.
E que me desculpem as pessoas que enviam postais de natal por email. Não é a mesma coisa e, para dizer a verdade eu não gosto de receber as boas festas por email de alguém que envia postais de natal da mesma maneira que se enviam conteúdos a partir de uma mailing list. É impessoal e, para mim, não tem nada de “natalício”. Não se podem colocar sobre a lareira ou no móvel da entrada. Não se podem guardar em caixas para mais tarde recordar. Não se lhes sente o cheiro a papel e, principalmente não se “sente” o carinho e o amor de quem os escreveu.
Este ano vou manter a tradição de escrever as boas festas. Não são precisas grandes mensagens, nem assim tanto tempo (uns bocadinhos depois de jantar em vez de ficar a ver as “novelas”).
Os mais habilidosos, como o meu amigo Luís, podem criar os seus próprios postais de natal. Com cartolinas, papel cavalinho, restos de tecidos, estrelas recortadas e desenhos feitos pelas crianças ou até restos de papel de natal, podem criar os seus próprios postais de natal. Ou então podem comprar alguns e ao mesmo tempo ajudar instituições como a Unicef, a Ami e tantas outras que vendem postais de natal para financiar uma causa. Depois é só escrever, e porque não juntar uma foto de família (ou fazer da foto da família a capa do postal) e enviar.
E depois esperar de volta sorrisos a abrir a caixa do correio, telefonemas animados e a retribuição das boas festas!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sugestões para os cabazes de Natal #4 – Kit Massas

Durante o verão, e na altura do tomate maduro que veio de casa dos avós, andei feita “formiguinha”. Preparei frascos e frascos de molho de tomate que pasteurizei. Fiz e pasteurizei também peperonata com os pimentos caseiros. E tudo com uma ideia em mente. Oferecer no natal.
Entretanto surgiu a ideia. Em vez de fazer um cabaz de natal mais tradicional com as habituais compotas, marmelada e bolachinhas, que tal presentear alguns amigos com um Kit Massas? Eu sei que eles gostam e é uma ideia diferente.
Ao molho de tomate caseiro e à peperonata juntei azeite aromatizado com manjericão do meu vaso da varanda, e ainda uma mistura de especiarias para esparguete que descobri no novo livro na Nigella Lawson (“Nigellissima”) e que encaixa na perfeição no tema dos meus Kit Massas de Natal.

Cada kit é composto por um frasco de molho de tomate caseiro, um frasco de peperonata, um frasco com mistura de especiarias para massa e uma garrafinha de azeite de manjericão .E ainda cartões personalizados, com receitas onde os diferentes condimentos são utilizados em saborosos pratos de massa. Uma ideia diferente para presentear os amigos este Natal.

Especiarias para Esparguete
(in “Nigellissima” Nigella Lawson, página 235)

Para 4 frascos de 110ml:
15g de salsa seca
15g de alho seco granulado
30g de piri-piri moído
45g de sal

Preparação:
Misture os ingredientes numa taça e coloque-os depois nos frascos. Feche bem e ofereça com instruções de uso.
(Coza 100g de esparguete em água temperada de sal e quando estiver cozinhado escorra-o. Polvilhe com 2 colheres de chá da mistura de especiarias e uma colher de sopa de azeite e envolva bem no esparguete, juntando ainda uma ou duas colheres de sopa da água da cozedura. Sirva)

Receitas para o Kit Massas:

Esparguete com Camarão e Tomate
Para 4 pessoas coza 300g de esparguete em água temperada de sal.
Entretanto salteie 400g de miolo de camarão em 1 colher de sopa do azeite de manjericão e tempere com sal e pimenta. Acrescente o molho de tomate caseiro e deixe levantar fervura.
Junte agora o esparguete previamente escorrido, envolva bem e antes de servir regue com um pouco mais de azeite de manjericão. Sirva de imediato.

Esparguete com Especiarias e Azeite de Manjericão
Para 4 pessoas coza 350g de esparguete em água temperada de sal.
Entretanto leve ao lume uma frigideira com 4 colheres de sopa do azeite de manjericão e 4 colheres de sopa da mistura de especiarias. Deixe aquecer bem e acrescente o esparguete previamente escorrido e um pouco de água da cozedura. Envolva bem e sirva.

Penne com Peperonata e Chouriço
Para 4 pessoas coza 300g de massa penne em água temperada de sal.
Corte 1 chouriço em rodelas e leve-o a cozinhar numa frigideira anti aderente até começar a libertar a sua gordura. Acrescente depois a pepeonata e deixe cozinhar uns minutos em lume brando. Junte depois a massa bem escorrida e envolva no preparado anterior. Sirva polvilhado com um pouco de queijo ralado.

Bruchetas de Peperonata
Para 4 pessoas torre ligeiramente 4 fatias de pão caseiro. Esfregue-as com um dente de alho e regue-as depois com um pouco do azeite de manjericão. Coloque sobre cada fatia de pão 1 colher de sopa de peperonata e termine com uma fatia fina de presunto. Sirva.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Calendário de Advento – DIY


Cá em casa já é Natal. Dezembro começa com chocolate quente ao som de música de natal, com a decoração da casa e com a montagem do presépio e da árvore de natal. E assim foi. (Quer dizer, ainda falta a o presépio…)
Além disso, este ano havia outros projetos que queria colocar me prática. Um deles era fazer o meu próprio calendário de advento, que ao mesmo tempo fosse diferente e personalizável. E assim fiz.
Bastou um cordel de sisal, alguns pedaços de cartolina verde e vermelha, um marcador e pequenas molas decorativas. E imaginação!
Cortei 12 círculos de cartolina vermelha e 12 círculos de cartolina verde com cerca de 5cm de diâmetro. Cortei também um pequeno coração de cartolina vermelho.
Depois numerei os círculos vermelhos com os números ímpares de 1 a 23, e os verdes cm os números pares de 2 a 24. O coração ficou com o número 25 e a palavra Natal.
Depois coloquei os círculos de cartolina, por ordem e presos com as molas decorativas, no cordel de sisal. Bastou depois pendurar no sítio escolhido, no meu caso sobre a lareira.
Cada um dos círculos, que corresponde a cada um dos dias até ao natal, servirá para que cada um escreva algo de significativo durante o seu “caminho de advento”. Mensagens de esperança, partilha, amor, família, amizade, solidariedade. Mensagens pessoais das nossas experiências diárias e preparação para o verdadeiro natal. (Até porque advento quer dizer chegar e é por principio um tempo de preparação para a chegada, não do Pai Natal com os seus presentes, mas do Menino Jesus!) Mas esta é apenas a minha sugestão e motivação.
No entanto podem personalizar o vosso calendário de advento como preferirem e será certamente um projeto engraçado para fazerem com crianças na contagem decrescente para o dia 25 de Dezembro!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Decorações de Natal Homemade

Amanhã já é dezembro, e entramos no melhor mês do ano. O mês do Natal!
Cá em casa amanhã é dia de acordar ao som de musica de natal. De beber chocolate quente ao pequeno almoço e de montar a árvore de natal ao som de música natalícia e, de preferência, ainda de pijama. Amanhã é dia de ir apanhar musgo para fazer o presépio enquanto a lareira acesa aquece o ambiente.
Tal como já fiz nos anos anteriores, este início de dezembro é também altura de preparar decorações de natal “homemade”. Este ano quero fazer um calendário de advento para colocar por cima da lareira, e gostava de conseguir fazer uma coroa de natal para colocar na porta de casa. Vamos a ver como corre.
Mas não são só estas as decorações que podemos fazer em casa para o Natal. Tenho já dado aqui algumas ideias e tenho as minhas favoritas:

- Bolachinhas de natal para enfeitar a árvore. Um projeto de para uma tarde de chuva que podem fazer com as crianças

- Pequenas decorações natalícias para enfeitar a árvore. Podem usar feltro, cartolinas, bolas de natal antigas, fitinhas, imagens de postais de natal e criar decorações únicas para a árvore, para pendurar nas portas ou para colocar sobre a lareira.

- Fazer um presépio. Os mais habilidosos podem aproveitar diversos materiais como sarapilheira, rolos de papel de cozinha ou higiénico, garrafas plásticas, cartão, rolhas de cortiça, pedaços de madeira para criarem presépios originais.

- Decorar a lareira com o móvel da entrada com os postais de natais recebidos.

- Preparar um calendário de advento com figuras numeradas, meias pequeninas em feltro, bolinhas de natal… que podem pendurar sobre um móvel ou lareira com fio de natal e onde podem acrescentar pequenas tarefas de natal, mensagens de natal, chocolates, mini-presentes… mas que no fundo mostre o “caminho” até ao natal

- Fazer uma coroa de natal: utilizem pinhas, ramos de arbustos, restos de tecido, bolas de natal , decorações antigas e arame fininho. Umas latas de tinta dourada ou prateada podem fazer a diferença ao usar materiais menos nobres.

No essencial é criar decorações únicas com aquilo que temos em casa. E uma maneira diferente de começar a viver o espírito de natal!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pequenos e Simples Truques: para o gengibre, a manga e o kiwi

Não há nada como os pequenos truques do dia-a-dia que nos simplificam a vida mas que, principalmente nos fazem poupar tempo.

Gengibre:
Quando utilizo gengibre fresco nas minhas receitas, nunca descasco o gengibre com uma faca, mas sim raspo com uma colher. Além de desperdiçar muito menos gengibre é muito mais fácil de descascar assim. E em vez de o picar, prefiro ralar a quantidade necessária num bom ralador. Assim fica pronto a juntar aos cozinhados.

Kiwis:
Quando comemos kiwis cá em casa, também não os descascamos. Bastar cortar ao meio e depois, com uma colher de chá, ir retirando a polpa e comendo. (Ideal para os miúdos!)

Manga:
O melhor destes truques é mesmo o de “descascar” as mangas. Muitas vezes, ao descascar de forma tradicional há um desperdício de polpa e sumo, principalmente quando as mangas estão muito maduras ou quando são mais fibrosas. O ideal é, sem descascar, cortar a manga em duas metades, o mais rente possível ao caroço. Depois, com uma colher de sopa retirar a polpa junto à casca. Ficamos com 2 pedaços quase perfeitos de manga que basta depois cortar em cubos para comer de sobremesa ou, para congelar em saquinhos para depois fazer gelados, batidos e outras preparações culinárias (Ótimo para quando há manga em promoção! – E sim, a manga da foto está meia castanha…não era má e deu um excelente batido!)
Aqui ficam mais estes truques simples e rápidos, que ajudam qualquer um nas tarefas culinárias!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Sugestão para os cabazes de Natal #3 - Mistura de Bolo No Frasco

Outra das ideias que fez parte de alguns dos cabazes de Natal de 2011, e que foi também das preferidas, foi a ideia, já bem conhecida principalmente em sites e blogues americanos, de uma mistura para bolo num frasco. Fiz a minha usando uma receita com sabores da época e bem portugueses como os figos secos, as nozes e a canela.
(É também uma das receitas publicada no “Cozinhar, Celebrar e Partilhar” onde há muitas outras ideias, num capítulo só com sugestões de natal.)
A ideia é muito simples de concretizar. Basta arranjar um fraco bonito e colocar os ingredientes secos já pesados e em camadas. Juntamente com o frasco basta juntar a receita e a quantidade dos ingredientes “líquidos” a juntar à mistura pronta do frasco.
O melhor é que podem adaptar quase todas as receitas de bolos, e assim personalizarem o vosso “bolo num frasco”.
Deixo-vos a ideia e a uma receita.

Bolo de Figos e Nozes no Frasco
(In Cozinhar, Celebrar e Partilhar)

Ingredientes:

150g de açúcar amarelo
150g de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
100g de miolo de noz
100g de figos secos
1 colher de chá de canela em pó
½ colher de chá de gengibre em pó
½ colher de chá de cravinho em pó

Preparação:

Junte todos os ingredientes e coloque-os num frasco de vidro.
Para preparar o bolo (e não se esqueça de escrever um cartão com o modo de preparação!) acrescente à mistura do frasco 4 ovos batidos e 150g de manteiga derretida. Misture bem e coloque numa forma de bolo retangular previamente untada e polvilhada com farinha e leve a assar no forno a 180ºC, durante cerca de 40 minutos.

Sugestão para oferecer e decorar
Experimente colocar os diferentes ingredientes em camadas, dentro de um frasco de vidro transparente. Ficará com uma embalagem muito mais apelativa e original. Junte ao frasco uma colher de pau, prendendo-a com uma fita bonita. E, em vez de um cartão com o modo de preparação, faça uma etiqueta e cole-a ao frasco.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Ementa para a Próxima Semana #31

Segunda-feira, dia 26 de Novembro:
Jantar: Pataniscas de Pescada com Espinafres
Terça-feira, dia 27 de Novembro:
Jantar: Almôndegas com Leite de Coco
Quarta-feira, dia 28 de Novembro:
Jantar: Massa Gratinada com Atum e Legumes
Quinta-feira, dia 29 de Novembro:
Jantar: Frango com Cogumelos e Ervilhas
Sexta-feira, dia 30 de Novembro:
Jantar: Tentáculos de Pota no Forno à lagareiro
Bolo para o fim de semana:Bolo Encharcado de Limão
Sábado, dia 1 de Dezembro
Almoço: Bifinhos de Peru com Laranja e Limão
Jantar: Bacalhau Confitado
Domingo, dia 2 de Dezembro:
Almoço: Caçarola de Porco e Grão com Especiarias
Sobremesa: Maçã Assada com Frutos Secos
Jantar: Ovos no Forno com Queijo

Lista de Compras:
Ovos
Espinafres
Pescada
Carne picada
Leite de coco
Tomate pelado
Atum
Cenoura
Frango
Cogumelos
ervilhas
linguiça
pota
limão
porco
grão de bico
pimento
tomate
postas de bacalhau
bifinhos de peru
laranja
Maçãs
Queijo mozarella

Na Despensa lá de casa:
sal
Pimenta
Noz moscada
Azeite
Cebola
Salsa
Farinha
Vinho branco
Massa
Leite
Alho
Manteiga
Açúcar
Orégãos
Vinagre
Batata
Malagueta
Açúcar em pó
Cominhos em pó
Coentros em pó
Erva doce em pó
Piri-piri
Açafrão das índias
Passas
Amêndoas
Açúcar mascavado

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O Minimalismo, o Supérfluo e o Desnecessário

Ultimamente fala-se muito de minimalismo. Confesso que tenho alguma dificuldade com este conceito. Lembro-me de há tempos ter lido uma reportagem de alguém que era minimalista e viva com 100 objetos. 100 coisas entre roupa, objetos pessoais, utensílios de cozinha e afins. Claro que isto era um extremo que eu, pessoalmente, seria incapaz de me sujeitar voluntariamente. Mas ao mesmo tempo acredito que vivemos todos, ou quase todos, com coisas demais. E deve ser por isso este crescente borburinho acerca do minimalismo e do “destralhamento” das nossas gavetas, armários e casas.
Portanto lá se dá a volta aos armários, lá de separam as coisas que se usam realmente das que nunca utilizamos. Umas, sem salvação possível vão para o lixo – ou melhor são recicladas – outras são doadas a instituições, amigos ou familiares.
Todos os anos faço esta separação, principalmente no que a roupa e sapatos diz respeito. A regra que aplico é simples. Se não usei no ano que passou, é porque não lhe sinto a falta e vai para dar. O que acontece é que nos últimos anos tenho tido poucas coisas para dar – porque uso quase tudo o que tenho – e as coisas que saem do armário é porque a sua vida útil já acabou…
E este “destralhamento” leva-me a outra questão muito simples: o supérfluo e o desnecessário. Se não usamos tudo o que temos, se temos livros que nunca lemos, pratos que nunca usamos, eletrodomésticos que utilizamos apenas uma vez por ano, não estamos a comprar coisas supérfluas que não nos trazem nada,( nem sequer felicidade)? Se compro roupa que nunca usei, ou livros que nunca li ou pratos que raramente uso não estou sequer a ser feliz com as coisas nas quais gastei o dinheiro.
Todos compramos então coisas desnecessárias, com as quais enchemos as nossas casas e com as quais pensamos estar a encher a nossa vida. Assim o minimalismo faz mais sentido para mim. Não minimalismo de ter uma casa quase despida ou de viver com 100 objetos, mas sim um minimalismo em que nos rodeamos apenas das coisas que realmente usamos e que nos trazem conforto e “felicidade”. Nesse ponto de vista em também sou um bocadinho minimalista… apesar de ter em casa cerca de 100 copos. Porque na realidade eu uso-os. Não todos os dias, mas várias vezes por ano. E de cada vez que os uso, e que ponha a mesa para receber as pessoas de quem eu gosto, dá-me prazer ver uma mesa bonita e de poder variar as minhas decorações. E quem diz copos, diz outra coisa qualquer.
É por isto que o conceito de minimalismo me faz confusão, porque se calhar, para um minimalista ter 100 copos não é nada minimalista, mas para mim faz todo o sentido porque não os vejo como algo meramente supérfluo ou desnecessário. (E não venham com a conversa que um copo é um copo, que um copo de vinho não é a mesma coisa que um copo de água ou sumo ou uma taça de espumante…)
Na realidade o que eu quero mesmo dizer é que minimalistas ou não, o essencial é eliminar o supérfluo e o desnecessário das nossas vidas. Seja qual for o nosso conceito de “mínimo”.
Porque ao compramos o supérfluo e o desnecessário estamos a gastar dinheiro em coisas das quais não necessitamos e isso é uma melhor política do que “destralhar” a casa de tempos a tempos com coisas nas quais já gastamos dinheiro.
Porque saber gastar é a mesma coisa que poupar, não é?

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sugestão para os Cabazes de Natal #2 - Fudge para os Gulosos

Mais uma sugestão para os cabazes de Natal. Desta vez um fudge, receita inglesa partilhada por uns amigos, que é a prenda ideal para amigos gulosos ou até para as crianças.
O ano passado foi o mimo comestível que ofereci que teve mais elogios teve.
A receita está no livro “Cozinhar, Celebrar e Partilhar”, no capítulo dedicado às receitas para os cabazes de natal, mas para quem não tem o livro aqui fica esta receita deliciosa e mais uma sugestão simples para colocarem nos vossos cabazes.
Depois de pronto guardem o fudge (uma espécie de caramelo) já partido em cubos em saquinhos de celofane ou latinhas e decorem-nos com etiquetas e lacinhos. Aguenta-se perfeitamente algumas semanas desde que guardado hermeticamente.
Aqui fica então mais esta ideia doce para oferecer no Natal.

Fudge

Ingredientes:
(in “Cozinhar, Celebrar e Partilhar” – Joana Roque – pág. 364)

500g de açúcar
400ml de natas
100g de manteiga
100g de chocolate de leite (ou chocolate branco)

Preparação:

Leve a lume brando o açúcar com as natas e a manteiga e vá mexendo até a mistura derreter e começar a ferver. Aumente um pouco a temperatura do lume e deixe ferver, mexendo ocasionalmente cerca de 20 minutos. Durante esse tempo vai deixar de ver as bolhas que se formam a deixarem de ser grandes a serem constantes e pequenas. Retire do lume e junte o chocolate partido em pequenos pedaços. Envolva bem até o chocolate estar derretido.
Coloque a mistura num tabuleiro (25cmx25cm) forrado com papel vegetal e deixe arrefecer e assentar de um dia para o outro.
Corte depois em pequenos cubos e coloque-os num recipiente fechado como um frasco de vidro, ou embrulhe-os em papel vegetal ou película aderente para fazer uns “caramelos” individuais.

Ideia para embalar e oferecer

Faça uma embalagem diferente para um presente caseiro infantil. Coloque o fudge partido em cubos e embaladoindividualmente com papel colorido, dentro de um recipiente transparente como, por exemplo, um frasco de vidro que poderá reutilizar. Em papel autocolante colorido recorte as letras que formam o nome da criança que vai presentear com as guloseimas e cole-as no frasco.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Consumir Português

Já aqui disse muitas vezes que, na hora de ir às compras e principalmente ao supermercado, sou pelo que é português.Cá em casa não entra leite que não seja nacional. Ou fruta e legumes que não tenham origem em Portugal. E carne portuguesa.
Dou comigo a ir a outro supermercado apenas para comprar leite. Apenas e só porque o leite magro marca branca do supermercado onde habitualmente faço as minhas compras é espanhol. E eu recuso-me a “dar” para essa causa.
A manteiga e o queijo também são sempre escolhidos pela origem, tendo eu uma predileção especial pelos lacticínios dos Açores.
Se as maçãs ou laranjas que quero comprar não têm referência ao país de origem vou perguntar, e se não forem portuguesas ficam exatamente onde estavam. E muitas vezes são os próprios funcionários do supermercado que me dizem o que é ou não nacional. Prefiro comprar as mais caras – mas muito, muito mais saborosas - bananas da Madeira do que as bananas mais baratas e apanhadas verdes que vêm do Equador ou da Colômbia.
Já deixei de comprar carne com desconto porque não era de origem portuguesa. E faço-o sem me lamentar do desconto que não estou a aproveitar.
E se os brócolos que me apetecem para o jantar não forem nacionais, compro antes a couve-flor que por acaso já era.
Só compro azeite e arroz português. E muitos outros produtos, apesar de saber que a matéria prima pode, e provavelmente vem de fora, tento sempre comprar marcas portuguesas.
Claro que esta é uma opção minha. Mas deveria ser uma opção de todos. Se ninguém comprar o leite magro marca branca do sítio X porque ele é de origem espanhola, ou as uvas que vêm do Chile, ou a carne de vaca da Irlanda não acham que podem fazer a diferença?
Há que escolher o que consumimos. Eu escolho o que é produzido em Portugal mesmo que algumas vezes isso signifique ir de propósito a outro supermercado comprar leite ou comer couve-flor em vez de brócolos para o jantar. Porque gerir o nosso dinheiro é também saber fazer escolhas sustentáveis. E para mim isto faz a diferença e ajuda a país a crescer, a produzir e a desenvolver-se.
Mais alguém pensa como eu?

(Nem sempre consumir português significa consumir produtos mais caros. Muitas vezes são ao mesmo preço. É esse o motivo que me leva a outro supermercado comprar leite - porque o compro extamente ao mesmo preço da marca branco do outro supermercado apenas com a diferença de estar a consumir português. E quanto à fruta e legumes eu não compro  mais caros, apenas compro é os que são nacionais, o que é completamente diferente! E no caso do azeite por exemplo, também compro marca branca, do mais barato e nacional!)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Sugestão para os Cabazes de Natal #1 - Compotas com Receitas


Deixo hoje a primeira sugestão para os cabazes de natal deste ano.
Não sei se vos acontece, mas por aqui é comum, ao oferecer frasquinhos de compotas nos cabazes de natal, ouvir dizer “mas eu nem gosto de pão com doce”. Pois bem, há muito mais num frasco de compota do que a triste sina de ser apenas um recheio para pão e torradas.
A minha sugestão para os cabazes deste ano é oferecer as compotas com algumas receitas e /ou sugestões de como se podem utilizar sem ser para comer no pão. Assim além de ofereceram o miminho oferecem também soluções para a sua utilização que passam por algo mais do que pão com doce.
As receitas /sugestões de utilização que aqui partilho servem para todo o tipo de compotas.
Escrevam duas ou três receitas/sugestões em cartõezinhos e juntem-nas à vossa compota para uma prenda ainda mais personalizada.
Certamente que ao receber uma compota com várias sugestões de utilização ninguém lhes ficará indiferente e não voltará a ouvir “eu nem gosto de pão com doce!”.

Receitas para oferecer com compotas:


Sugestões de Utilização:

- Coloque um pouco de compota no fundo de uma tacinha e cubra depois com iogurte grego ou natural para uma sobremesa ou snack.
- Use a compota para rechear massa folhada e assim fazer uns folhadinhos rápidos para o lanche
- Para uma entrada em minutos sirva pedacinhos de queijo ou de patê sobre tostinhas e finalize com uma colher de compota
- Deslasse um pouco de compota com água deixando-a levantar fervura e sirva como calda com gelado de nata ou baunilha ou ainda crepes simples
- Recheie caixinhas de massa folhada ou quebrada prontas a usar com compota e termine com fruta fresca. Tem assim umas tarteletes para um chá.
- Junte compota, natas batidas sem açúcar e suspiros numa taça grande em camadas para uma sobremesa surpreendente.
- Faça uma receita simples de torta e recheie-a com a compota e polvilhe com açúcar em pó

Nota – Para quem tem este ano nos seus cabazes açúcar aromatizados, vejam aqui algumas ideias de utilização para sugerir com a vossa oferta.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Uma Utilização Diferente para um Objeto Banal



Certamente que todos têm lá por casa, ainda que perdida no meio do armário da casa de banho, algumas daquelas toucas descartáveis que costumam estar presentes em todos os quartos de hotel. Se forem como eu, não lhe dão uso nenhum, ou apenas muito raramente…
Mas surgiu-me uma nova utilização para as toucas de banho descartáveis: tapar alimentos. São melhores do que a película aderente, para além de se adaptarem a vários tamanhos.
Cá em casa já serviram para cobrir a saladeira que está no frigorífico até levar a salada para a mesa. Para tapar uma taça onde está a levedar uma massa de pão. E para cobrir a sobremesa que se leva para a casa de um amigo.
O melhor de tudo é que depois de lavada está pronta a usar outra e outra vez. Menos película usada no lixo, menos película gasta. Mais económico e mais ecológico.
Cá em casa há agora toucas de banho prontas a usar na gaveta da cozinha. Já se tinham lembrado disto?

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dos Jantares Comunitários aos Jantares Partilhados

Já aqui falei dos nossos jantares comunitários. Mas entretanto já se passou tanto tempo que foram surgindo novos grupos e novas dinâmicas de jantares com os amigos.
Os jantares quase que deixaram de ser comunitários – apesar de ainda fazermos essa modalidade ocasionalmente com alguns amigos – para passarem a ser partilhados. O conceito é semelhante, mas torna-se mais fácil de colocar em prática. Porque por melhor que seja levar os ingredientes e cozinhar juntamente com os amigos, nem sempre é possível e exige coisas tão obvias como uma cozinha espaçosa onde uns não atrapalhem os outros, e disponibilidade de todos para termos tempo de antecedência para a preparação do jantar. Foi por isso que contornamos o problema e tornamos os jantares comunitários em jantares partilhados.
Este género de jantares não funciona com muita gente, sendo o ideal um grupo de 3 casais, podendo eventualmente passar a 4 no máximo.
Depois a dinâmica é simples. Uma vez por mês juntam-se todos em casa de um casal anfitrião que vai rodando todos os meses, até todos terem sido anfitriões. Os anfitriões têm a responsabilidade de preparar o prato principal do jantar para todos, e, claro “dar a casa”. Os restantes “convidados” trazem o restante para partilhar – a sobremesa, a entrada e as bebidas, que também é dividido entre eles. Sendo assim, num grupo de 3 casais, se eu for anfitriã em Novembro, só o voltarei a sei em Fevereiro e depois novamente em Maio. Entretanto nos outros meses os jantares continuaram em casa de outras pessoas e eu continuo a contribuir para esses jantares com as bebidas, entrada ou sobremesa.Simples, não é?
Porque apesar das dificuldades, da crise, de termos menos dinheiro, não há motivo para não estarmos com os nossos amigos e de não mantermos uma vida social. Aliás, para quem tem crianças – que quase todos os nossos amigos têm- é uma maneira de tornar possível estar com os amigos sem o stress das crianças nos restaurantes. Estamos todos muito mais à vontade.

E falando ainda de custos – não fica propriamente caro. Não precisam de fazer um jantar de gala, pois o que interessa é o convívio e partilha. Normalmente fazem-se receitas simples e que rendam, que não nos ocupem na cozinha quando as pessoas chegam: uma lasanha, caril de frango, um prato de bacalhau… (E podemos estar a cozinhar para 6 pessoas, mas nos meses seguintes não fazemos duas refeições em casa o que em termos de orçamento vai custar exatamente a mesma coisa que se cozinhássemos e comêssemos em casa.)
Portanto nada de deixar os tempos mais difíceis impedirem-nos de apreciar e estar com os amigos e de manter uma “vida social”.
De que é que estão à espera para começarem um grupo de jantares partilhados?

(Uma pequena nota acerca de como podem implementar estes jantares. A melhor solução é mesmo falar com dois ou três casais amigos e explicar se querem formar um grupo de jantares partilhados, onde as "regras" são as que se explicaram anteriormente. Se todos estiverem de acordo é mais provável não haver os habituais "cortes" quando os jantares mudam de anfitriões. (Por aqui nunca nos debatemos com esse problema, mas quando começamos com este tipo de jantares todos concordaram com as "regras" e há até um certo orgulho em ser anfitrião!)
E outra regra muito importante é nunca alterar a ordem, e deixar sempre jantares marcados de uns meses para os outros. Por aqui, ainda antes de um jantar acabar já se está á marcar o próximo em casa do anfitrião seguinte. O importanto é que, quando se começa um grupo deste género, todos saibam como funciona e desde o início todos estejam de acordo.)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Ideias para Alguns Presentes Feitos em Casa



Tenho já falado muito acerca dos cabazes de natal, mas os presentes feitos em casa não têm de ser apenas coisas de comer – bolachas, compotas, licores e afins. Pessoalmente gosto dos cabazes de natal comestíveis porque gosto muito de cozinhar, mas há imensas coisas originais que se podem fazer, qualquer que seja o nosso talento, tempo e orçamento.
O ano passado recebi presentes de amigos, feitos em casa, muito originais. A minha amiga Ana, ofereceu-me um simples vaso de terracota pintado por ela, e juntamente com o vaso vinha um saquinho de terra, bolbos de tulipas (as minhas flores favoritas) e um par de luvas de jardinagem. Foi uma das minhas prendas favoritas e, segunda as palavras dela, era uma “prenda feita por ela e para eu também fazer”. Fica aqui a ideia registada para quem a queira seguir. Outras das prendas feitas em casa que recebi, foi um lindo cachecol tricotado pelas mãos habilidosas de outra amiga. E dos meus amigos Tiago e Maria João recebi uma lata com com folhas de chá príncipe caseiro, seco por eles, juntamente com duas chávenas de chá e umas bolachinhas também caseiras.
Outras das prendas originais foi da minha cunhada Rita que nos ofereceu uma cesta cheia de produtos como gel de duche, creme hidratante, batom de cieiro, pasta e escovas de dentes, elixir bucal, fio dentário, desodorizante… Uma prenda útil e necessária a todos.
Dentro do mesmo espírito, juntamente com os meus cunhados, oferecemos aos meus sogros um enorme cabaz de produtos comprados no supermercado: vinhos, chocolate, cafés, conservas, chá, frutos secos, patês, queijo, azeite, … Porque também se podem fazer cabazes com coisas compradas no supermercado – basta estabelecer um orçamento e ir comprando as mais variadas coisas até o esgotar.

Mas há muitos presentes que podemos fazer em casa. Aqui ficam mais algumas sugestões:

- Compile todas as receitas da família e organize-as, escrevendo-as depois em cadernos de receitas ou passando-as a computador e fazendo um pequeno livrinho. Será uma prenda original para oferecer às irmãs, cunhadas mãe ou sogra, para além de preservar a herança familiar.

- Tire uma foto de toda a sua família e imprima-a. Compre depois umas molduras baratas e pinte-as a seu gosto. Ofereça a foto na moldura aos avós ou tias velhotas que gostam sempre deste tipo de recordação.

- Se tem jeito para a costura faça pequenas almofadinhas em tecido e encha-as depois com alfazema seca (que poderá apanhar e secar em casa). São ótimas para perfumar as gavetas das toalhas e lençóis e uma lembrança simpática para as amigas.

- Já pensou em fazer capas para livros em tecido? E bolsas para os computadores portáteis? Se percebe qualquer coisa de costura são alternativas simpáticas para a família e amigos de qualquer idade.

- Se a jardinagem é consigo, que tal oferecer pequenos vazos de ervas aromáticas plantados por si? E assim ainda os incentiva a criarem o seu próprio jardim de aromáticas.

- Há quem tenha imenso jeito para desenhar e pintar. Porque não fazer uma ilustração ou um pequeno quadro/aguarela para oferecer?

- Se a "decoupage" é o seu hobby, faça caixinhas, tabuleiros, molduras, sabonetes ou velas usando esta técnica.

- Basta uma pesquisa na net para descobrir como fazer sabonetinhos caseiros, sais de banho e até velas. Porque não experimentar?

- Gosta de escrever? Faça uma história personalizada. Ou um conto de natal. Imprima, encaderne e ofereça às crianças.

- Toalhinhas com um bordado a ponto cruz, panos de cozinha com um pequeno “picou” em renda são prendas feitas em casa por quem tem mãos habilidosas, assim como qualquer peça em croché – cachecóis, casaquinhos, botinhas ou mantas para bebés.

- Marcadores para livros e revistas feitos em cartão duro ou até feltro são facilmente personalizados e são sempre uma prenda original para quem gosta de ler.

- Já pensou em oferecer uma pen/cartão de memória/dvd com álbuns de fotografias legendados? Ou mesmo imprimir algumas fotos e fazer um álbum de fotografias tradicional com datas e legendas para a posteridade. Consoante as fotos e os momentos, servem para amigos ou familiares.

- Ofereça vales personalizados, um ou vários. “Vale uma noite de babysitting” para oferecer aos seus amigos que acabaram de ser pais. Ou “Vale um jantar caseiro”, “Vale uma ida ao cinema”, “Vale um almoço em família” , “Vale uma tarde de ajuda na cozinha”, “Vale um dia de arrumações”. É que não há nada mais valioso do que dar o nosso tempo às pessoas de que gostamos!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

FAQ Sobre Cabazes de Natal


Agora que o natal se aproxima a passos largos, e porque há sempre mil e uma perguntas e dúvidas sobre os cabazes de natal, ficam aqui algumas explicações e ideias para todos.

O que posso colocar nos meus “cabazes de Natal”?

Há um sem número de coisas que podem ser preparados e colocados nos cabazes de natal caseiros. Compotas, marmeladas, biscoitinhos e bolachas caseiras, chutneys, temperos variados, azeites aromatizados, licores, chocolates e bombons, caramelos, bolos de lata, misturas para scones ou panquecas com a respetiva receita, açúcar ou sal aromatizado, piri-piri, molho de tomate, pickles caseiros, mistura para cappuccino ou chocolate quente.

Aqui ficam os links para algumas das minhas coisas favoritas:
-- Mistura para Capuccino Caseiro
- Bolo de Natal da Lata

É a primeira vez que faço um cabaz para oferecer. O que é que posso fazer que seja simples e infalível?

Mesmo que não tenha jeito para a cozinha, ou seja a primeira vez que se aventura em tal tarefa, há algumas coisas muito simples e ao alcance de todos. Os açúcares aromatizados (ou sal ou azeites)com um pequeno cartão com sugestões de utilização. A mistura para panquecas ou scones com a respetiva receita ou ainda um simples licor de canela. Temperos caseiros e umas bolachinhas ou biscoitinho simples são sempre uma sugestão para todos.

Por exemplo:

Com quanta antecedência posso começar a preparar os cabazes?

As compotas, chutneys e outras preparações do género, o ideal é ir fazendo à medida que temos os ingredientes e disponibilidade para tal. Tenho pêssegos caseiros em Julho e é nessa altura que faço a compota de pêssego. Em Outubro chegaram os marmelos e preparei a marmelada e a geleia. Agora vou começar a fazer o doce de abóbora mas os pickles de pepino foram preparados em Agosto, assim como o molho de tomate que pasteurizei e guardei logo para depois oferecer no Natal.
No caso de bolachinhas, biscoitos e bombons, há que preparar mais em cima da data, com uma ou no máximo duas semanas de antecedência e devem depois ficar guardadas em caixas ou recipientes bem fechados para não amolecerem.
As misturas de scones, especiarias, cappuccino ou chocolate quente, sal ou açúcar podem ser preparados com muita antecedência, pois terão uma validade tão grande como a validade dos produtos usados.
No caso dos licores ou do bolo da lata é preciso contar com o tempo que necessitam para maturar e desenvolver os sabores. O ideal é mesmo não deixar para a última hora, pois não há tempo para fazer tudo.

As compotas aguentam-se até ao Natal sem se estragarem?

Claro que sim! Desde que esterilizem bem os frascos, deixem o doce atingir o ponto e não roubem no açúcar as compotas duram anos sem se estragarem. Aliás é o açúcar que permite que as compotas se conservem. Podem ficar descansados e fazer as compotas com antecedência sem nenhuma preocupação. E podem também fazer uma pasteurização caseira, apesar de no caso das compotas eu não utilizar. É no entanto ideal para poderem preparar molho de tomate para oferecer, pickles ou curd. Saibam mais aqui sobre a pasteurização.

Como esterilizo os frascos para as compotas?

É um método muito simples mas imprescindível para guardar compotas ou outros alimentos. Saiba aqui como esterilizar os seus frascos.

Onde arranjar os frascos?

Por uma questão de economia doméstica e de reaproveitamento, cá em casa, ao longo do ano vão-se guardando todos os frascos de vidro – das azeitonas, do café, dos pickles, da mostarda, e tenho também amigas que me guardam os frascos que se utilizam em casa delas.
Claro que se podem sempre comprar frascos em qualquer loja de utilidades domésticas, mas é uma opção que fica muito mais cara. Há que saber reutilizar.

Onde arranjar as garrafinhas para os licores?

Também aqui há várias opções. Podem-se utilizar garrafinhas de vidro de águas aromatizadas e de água das pedras, ou comprar em lojas de utilidades domésticas pequenas garrafinhas com rolhas de cortiça. As que tenho usado foram compradas numa dessas lojas por cerca de 0,75€.

Onde arranjar os saquinhos de celofane para as bolachas e outros mimos?

Os saquinhos de celofane compram-se em lojas de artigos para bolos decorados, algumas papelarias e em lojas especializadas em embalagens. No meu caso compro-as num revendedor de embalagens, mas são vendidos num mínimo de 100 unidades. (Nota: depois de tantos mails e comentários a perguntar qual o revendedor aqui fica - Coimpack na Zona Industrial de Taveiro - Coimbra)

O que fazer para oferecer às crianças?

Também as crianças podem ter um cabaz de mimos caseiros mais dedicado para elas. Chocolatinhos, bolachinhas decoradas, ou gomas são algumas das coisas que pode preparar para lhes oferecer.

Sugestões:
- Bolachinhas Chupa- Chupa

Como fazer o cabaz ou onde colocar os miminhos a oferecer?

Pode optar por comprar pequenos cestos ou caixas onde colocar os mimos (e até aproveitar os saldos para isso) ou então optar pir alternativas mais em conta.
Caixas de sapatos forradas com papel de embrulho, sacos de papel kraft personalizados com o nome da família a quem vai oferecer, sacos em pano com tecido de natal ou até caixas de madeira reutilizadas (por exemplo da fruta) são opções simpáticas para cabazes originais.

Aqui ficam alguns exemplos:

Como fazer as etiquetas?

Mesmo que não tenham muito jeito ou criatividade podem sempre fazer as vossas próprias etiquetas. Eu pessoalmente uso um programa – o Microsoft publisher- para fazer as minhas próprias etiquetas para as compotas, licores e bolachas que depois imprimo em papel autocolante (à venda nas papelarias e até na worten e afins). Podem sempre comprar simples etiquetas brancas e escrever com letra bonita o conteúdo dos vossos mimos.

Sobre as etiquetas:
- Como Fazer Etiquetas

Onde imprimir etiquetas?

Se fizerem uma pesquisa no Google encontrarão inúmeros sites com etiquetas lindas que podem imprimir gratuitamente. Há para todos os géneros e gostos. E depois basta imprimir em papel autocolante ou em papel cavalinho (para etiquetas de sacos ou prendas).

Os cabazes não ficam mais caros do que comprar uma prenda?

É muito relativo. Depende da quantidade de coisas que está a reaproveitar e a reutilizar, e dos ingredientes que tem de comprar. Se usar frascos reutilizados, etiquetas feitas por si, caixas de sapatos forradas para o cabaz e fizer os mimos com produtos seus (o caso da fruta das compotas, por exemplo) conseguirá um cabaz mais em conta do que se tiver de comprar tudo. Em última análise depende muito de si, e do valor que este tipo de prenda tem para si. Os cabazes não devem ser pensados como uma prenda “barata” para ajudar a combater a crise, mas sim uma prenda original, preparada por si com amor e carinho. É mais importante darmos uma coisa feita por nós do que qualquer coisa comprada (e igual a tantas outras). E é isso que está por detrás de um cabaz de natal caseiro. Na minha opinião, se o faz apenas para poupar dinheiro, poderá ser mais simples tentar encontrar outra solução.

Que outras coisas posso fazer para oferecer?

Nem só de mimos comestíveis vivem os cabazes de natal. Se tem jeito para a costura porque não fazer babetes, bolsinhas, capas para livros, ou aventais. Se desenha bem, porque não oferecer originais seus. Se faz croché, renda ou ponto cruz prepare pequenas ofertas feitas por si. Se gosta de jardinagem, porque não um vasinho com uma erva aromática ou flor que plantou. Se no entanto é a decoupage que a atrai, que tal oferecer uma caixinha pintada por si… Há também outras prendas originais. Se tem um caderno de receitas de família que a sua avó lhe deixou a si, já pensou em fazer cópias para oferecer às suas irmãs/filhas/sobrinhas/cunhadas?

Como decorar os cabazes?

Restos de tecidos, fitinhas, cordel, pequenas pinhas, purpurinas, decorações antigas de natal, estrelas de papel dourado, naperons de papel para bolos, restos de arranjos de flores, papel de natal antigo, papel de jornal, papel autocolante…tudo serve para aproveitar e decorar os seus cabazes, frascos e saquinhos. Antes de comprar veja o que tem por casa que possa ser aproveitado e seja original personalizando o mais que possível a sua oferta.