segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Preparando a chegada do novo membro da família


Preparar a chegada de um segundo filho, não é assim tão diferente de preparar a chegada do primeiro. As “preocupações” são as mesmas: é preciso lavar as roupas,  fazer a mala para a maternidade, preparar o quarto, ter o ovo e o carinho prontos… 
Claro que num segundo filho há menos coisas para comprar. Pelo menos no nosso caso. O carrinho, o ovo o isofix passam do mano mais velho para o mano mais novo. E foi sempre com isso em mente que compramos as coisas para o Zé Maria - para que mais tarde pudessem também servir para um irmão.
Com tão pouca diferença acabamos apenas a ter dois ou três  pequenos “inconvenientes”. O Zé Maria ainda dorme na cama de grades, e portanto outra foi necessária, e o Zé Maria ainda usa bastante o carrinho de passeio e a cadeira de comer (que no nosso caso é também espreguiçadeira e que vamos acabar por necessitar para o António). Facilmente contornamos a situação. Uma cama de grades que veio emprestada da prima Teresa, que com os seus 3 anos e meio já não precisa, assim como uma simples cadeira de papa - a do IKEA - que serve perfeitamente para o Zé Maria nesta fase de crescimento.
O carrinho de passeio foi a única coisa da chamada puericultura pesada que necessitamos de comprar, e assim um carrinho mais leve e simples, tipo bengala, passou a ser o novo carrinho de passeio do Zé Maria, ficando o outro para o mano António.
Com a mudança de casa, cada um deles vai ter também o seu quarto, em vez de dormirem juntos. Uma opção tomada porque o Zé Maria foi sempre muito autónomo no sono e além disso, havendo espaço acho que faz todo o sentido. Claro que se um dia me pedirem para dormirem no mesmo quarto lhes farei a vontade.
Para o quarto do António, além da cama emprestada da prima tudo o resto foi complementado com outras coisas que já tínhamos, e apenas foi necessário comprar uma cómoda para guardar as roufenhas e para servir de muda fraldas. É exatamente igual à do Zé Maria: uma simples cómoda branca do IKEA.
Decorar o quarto do novo bebé foi simples. Tal como quando foi do Zé Maria, sabia exactamente como queria que o quarto ficasse. Desta vez, e apesar de eu não gostar muito de bonecadas, optamos por uns stickers que eu achei super amorosos, e que optei por colocar por cima do berço. Comprei no Leroy Merlin, por menos de 20€, e foram os stickers que deram o mote para as cores a usar no quarto: verde claro e cinza. Uma dificuldade é encontrar coisas que não sejam rosa, azuis ou brancas…. porque em verde não existe mesmo quase nada.
A avó materna, tão habilidosa com as agulhas e linhas, fez, tal como já tinha feito para o Zé umas almofadas decorativas, mobiles, e uma base em tecido com uns bolsos para colocar sobre a cómoda em cima da qual assenta depois o muda fraldas. Super prático para ter tudo à mão.
Umas prateleiras, uma estante (tudo IKEA) e que veio adaptado de outras divisões da casa antiga fazem o resto do quarto, assim como um candeeiro branco simples e uns cortinados Zara Home (comprados em saldos e que são exatamente iguais aos do Zé Maria, mas em vez de azuis e brancos, são cinza e branco).
Com pouco se fez muito e o quarto do novo bebé está mesmo a meu gosto e, acho eu amoroso.
É possível não gastar muito dinheiro e encontrar soluções bonitas e únicas para criar quartos de bebé amorosos.
Claro que no meio de tudo isto, não me esqueci do novo quarto do Zé Maria. Na nova casa não há  a árvore pintada por nós na parede, e ainda não decidi bem o que vai ser o elemento chave decorativo do quarto dele - estou a pensar num mural - mas ainda não sei muito bem o quê, nem como. Mas entretanto o quarto já também composto e amoroso, com as algumas coisas que já existiam no quarto anterior e outras, como uma nova estante e prateleiras com quadros decorativos. Não quero que o filho mais velho ache que está a ser preterido de alguma forma em relação ao irmão mais novo.
Quanto às roupas, reside aí a maior diferença: dois rapazes, com cerca de 2 anos de diferença, e que nascem quase na mesma altura, quase que não foi necessário comprar nada. Foi apenas pegar nas caixas com a roupa do Zé Maria, lavar tudo novamente e separar pelos tamanhos dos primeiros meses e arrumar nas gavetas da cómoda. Mas claro que o António também tem direito a coisas novas. Das que os pais compraram para o enxoval para levar para a maternidade, onde não existe nada que tenha sido do irmão, e nas outras peças que entretanto já foi recebendo dos amigos, tios e avós.
Mas claro, a nível de orçamento, um segundo filho (e depois os que se seguem  - para quem tem três ou quatro) é bastante diferente, principalmente se não tiverem uma grande diferença. Há menos coisas a comprar. Já existe uma noção do que não é de todo necessário, e que existem coisas que só se compram mais tarde, e caso seja mesmo preciso. Para quem é mais impulsivo, e se deixa levar pelo entusiasmo vendedor das meninas das lojas de produtos para bebé, um segundo filho mostra que realmente muitas das coisas que nos vendem como necessárias são completamente dispensáveis.. Eu tive a sorte de ter sido bem avisada em relação a isso com o Zé Maria, e ainda bem. Os bebés e as crianças não precisam mesmo de muitas coisas, portanto, se estão a preparar enxoval para o primeiro filho, falem com quem já passou por isso e tirem as vossas conclusões.

Acho que não me esqueci de mencionar nada importante, mas outras ideias e sugestões são sempre bem vindas a este espaço!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Aproveitar móveis antigos


A decisão de mudar de casa coincidiu com a morte da minha avó, e a necessidade de “desmontar” a casa da aldeia dos meus avós. Isso significou que herdei muitas coisas que eram dela e pelas quais nutro um carinho especial.  Para nós também significou podermos aproveitar as coisas de que gostávamos para a nossa nova casa em vez de comprar coisas novas. E confesso que é um orgulho ver alguns dos móveis que eram dos meus avós a decorar a nossa casa e a receberem tantos elogios.
Muitas vezes creio que acabamos a comprar coisas novas usando podíamos aproveitar móveis de família, com história e significado. Quem não tem uma tia, ou uma avó com um sótão ou arrecadação com móveis antigos? Provavelmente existirão coisas a nossa gosto que podemos aproveitar, seja um banco antigo de ferro, ou umas cadeiras, ou ainda alguma arca ou cama.
As circunstâncias da vida acabaram por nos proporcionar imensos móveis por onde escolher.
A nossa nova mesa da sala e da cozinha vieram de casa dos meus avós, bem como as cadeiras que as acompanham. A cama de ferro do sótão e as mesas de cabeceira e uma cómoda onde agora guardo os lençóis e atoalhados de casa. Uns sofás dos anos 60, completamente retro estão na nosso escritório, e o louçeiro pelo qual tenho um fascínio desde miúda é a peça central da minha cozinha. Há também um pequeno móvel anos 60 na entrada, e uma antiga mesa de cozinha, pequenina que será a minha secretária.
Tivemos a sorte de poder adaptar muitos móveis à nova casa, e que se enquadram com o estilo de decoração que eu gosto, uma mistura de novo e moderno com antigo e vintage. Alguns estavam em perfeitas condições, e foi apenas dar-lhes uma boa limpeza, carinho e óleo de cedro. Outros, por serem mais antigos e estarem em muito mau estado tiverem de ser arranjados por alguém competente - foi o caso da nossa mesa ca cozinha, que estava abnodada numa adega e ninguém imagina em que estado e que eu infelizmente nem uma foto tirei. Agora está linda e fica perfeita na cozinha. Valeu a pena o investimento e o trabalho do Sr. Lourenço. A mesa é de madeira maciça de cerejeira e tem mais de 120 anos. Acho que vale a pena recuperar bem coisas assim.
E depois há projectos de DIY para nós. As cadeiras de ferro e a mesa que vão para a varanda e que estão à espera de ser pintadas. A minha futura secretária, antiga mesa de cozinha, que tem de ser decapada, lixada e novamente pintada. A cama de ferro do quarto de hóspedes, que foi pintada e parece outra. Há ainda outros pequenos móveis, bancos e cadeiras à espera de serem transformados.
Aproveitar móveis antigos é uma excelente maneira de decorar a nossa casa, aproveitando móveis de família, e levar para nossa casa uma recordação de gerações e um pedacinho da nossa história familiar. Em muitos casos temos melhor qualidade e um menor custo, principalmente se podermos ser nós a fazer um pouco dessa recuperação.

Quem mais aproveitou móveis antigos para as suas casas? Gostam da mistura do antigo com o moderno? Transformaram-nos? Como fizeram?

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A nova casa


Mudar de casa. Ir de férias. Grávida de 34, quase 35 semanas. Muitas coisas para fazer e pouco tempo para actualizar tudo.
Já estamos comodamente instalados na nova casa. Pode ainda não haver cortinados, nem quadros pendurados nas paredes, e a casa de banho dos miúdos ainda nem sequer ter espelhos, mas faltam apenas alguns pormenores decorativos para a nova casa estar “completa”.
O que interessa está organizado e arrumado. Há apenas alguns caixotes de papelada e antigos equipamentos electrónicos à espera no nosso escritório, mas são coisas que não nos fazem falta - e algumas que nem utilizamos nos últimos anos….
Quanto à decoração, como ainda não me decidi com o que quero fazer na sala e no nosso quarto, essas divisões são para se ir completando calmamente, para encontrar-mos as coisas certas para complementarmos os espaços tal como queremos.
Os quartos dos miúdos são os que estão mais adiantados, e quero mesmo acabar o quarto do António antes dele nascer, e de preferência o do Zé Maria também, pois não quero que ele sinta que há diferenças. Aos poucos tudo é preparado a nosso gosto.

Mudar de um apartamento com dois quartos, para uma moradia, e para 3 vezes o espaço que tínhamos obriga a muitos ajustes. De repente temos muito espaço, o que é optimo e é o que realmente necessitávamos, mas é obrigatória haver ordem, um local para cada coisa, e ainda mais organização. Uma casa maior obriga também a despender mais tempo a arrumar e limpar. No entanto, se tudo tiver um local certo e específico a tarefa é mais fácil. Acho que o que acontece quando se tem mais espaço, é que muito facilmente acabamos a encher todos os espaços com coisas, e a ter divisões caóticas apenas porque raramente lá vamos e nos podemos dar a esse “luxo”. E isso é tudo o que eu não queria, nem quero que aconteça.
Enquanto decorriam as obras de renovação da nossa nova casa (que tem para aí 24 anos!) houve tempo para pensar nisso tudo. O que iria para cada divisão. Para que serviria cada divisão. Como seria feita a arrumação e organização da casa.
Não creio que haja regras para isso. A organização de uma casa tem de satisfazer as pessoas que lá moram. E têm de servir quem lá vive, independentemente do que os outros possam achar. Algumas da decisões que tomamos na nossa nova casa certamente que não servem para todos. A nossa cozinha é enorme, até porque abdicamos de uma outra divisão, uma copa/escritório para a aumentarmos. E criamos uma cozinha com imensa arrumação mas que também comporta uma sala de jantar, com uma mesa para 10 pessoas. Acredito que não faça sentido para a maioria das pessoas, mas para nós, que recebemos imenso em casa, e onde tudo acaba invariavelmente na cozinha era assim que fazia sentido. Por isso a nossa cozinha é maior do que a nossa sala de estar/jantar, que acabou com uma zona mínima de jantar, com uma mesa pequena que quando aberta leva 6 pessoas mas com duas zonas de estar. Na nossa sala também não há aparadores  com louça  - que está toda na cozinha!, nem estantes com livros, porque temos uma biblioteca/escritório para esse efeito.
A organização foi pensada de acordo com as nossas vivência e experiência e isso é que é importante. Não há casas perfeitas. Mas podemos adaptar a nossa casa ao que é mais adequado para nós. 
Quando visitam a nossa nova casa é engraçado que a maioria das pessoas estranha a nossa cozinha com uma mesa de jantar e a quase ausência de uma sala de jantar mais formal. Nos poucos jantares que cá fizemos em casa, tem sido divertido estarmos a cozinhar e a conviver com os amigos no mesmo espaço. E no fim muito mais simples de arrumar e limpar.
Outra opção que tomamos foi de abdicar de um dos quartos para tornar o nosso quarto maior, com uma casa de banho mais composta e com mais arrumação. De quatro quartos passamos a ter 3, ainda que ainda tenhamos o escritório/biblioteca e uma outra divisão que serve de quarto de hóspedes e de arrumação de roupa de casa. Acho que são divisões a mais, e o quarto que abdicamos em função de espaço e organização não nos fará muita falta.
Estas são certamente as principais “mudanças” da nossa casa e aquilo que a faz tão pessoal e tão adequada a nós.
Ainda me estou a habituar a viver numa moradia, eu que sempre vivi em apartamentos, e nunca tive como “desejo” viver numa casa. Há muito mais que fazer. Há tarefas que nunca estarão acabadas, e há relva para cortar. Mas há um pequeno jardim e espaço para os meus filhos poderem brincar e correr ao ar livre, fazer refeições e churrascos com os amigos e família e até ter um cantinho das aromáticas.

Tenho muito que aprender nesta nova casa. Ainda cá estamos há pouco tempo, mas apenas quero ser feliz aqui.