Não tinha previsto escrever sobre a organização e planeamento do jantar de aniversário do António. Mas vocês pediram com tanto amor e carinho que eu não podia deixar de partilhar por aqui algumas respostas a questões que me colocaram, bem como algumas outras sugestões e dicas.
Mais uma vez tivemos um aniversário num dia se semana. A logística é sempre a mesma que vos deixei neste post - https://economiacadecasa.blogspot.com/2018/09/dicas-para-organizar-um-jantar-de.html, mas com algumas variantes.
1- Lugares Sentados vs Comer de pé (e o meu acrescento de mesa)
É uma das questões fundamentais. Nem todos temos espaço para sentar muitas pessoas à mesa, ou sequer uma mesa grande o suficiente. E muito me têm perguntado sobre a minha mesa. Ora a minha mesa da sala de jantar leva, no máximo e com boa vontade 8 pessoas. Mas eu tenho um acrescento (feito num carpinteiro, mas que uma pessoa habilidosa também consegue) que consiste em duas tábua ligadas com dobradiças e 3 cavaletes exatamente com a mesma largura e altura da minha mesa de jantar. Como tenho uma sala com comprimento suficiente, quando junto o acrescento à mesa, sentamos um máximo de 22/24 pessoas. Efetivamente só usamos a mesa da sala de jantar quando somos muitos. Porque até 10 pessoas cabemos todos na mesa de jantar no open space da cozinha. Se não te^m muito espaço e têm muitas pessoas a melhor opção será sempre um jantar volante (e é assim que faço as festas no jardim!).
2 - Louça Vs Descartáveis
Nem sequer vou falar da questão ecológica, mas para mim (opinião pessoas!!!!) está completamente fora de questão usar louça, talheres ou copos descartáveis. Não gosto. Partem com facilidade, não é pratico comer num prato descartável que se dobra com o peso da comida e é feio, muito feio. Se é prático? Talvez. Mas se faço 3 ou 4 festas por ano, será que custa assim tanto usar louça a sério? Mesmo que isso signifique mais trabalho a lavar e arrumar? Eu prefiro. Nunca usei descartáveis em nenhuma festa ou jantar que fiz em minha casa.
E se não têm muita louça para tantas pessoas? Duas soluções: descompliquem: chávenas de chá servem para servir sopa e até para sobremesas. Se o jantar é volante é indiferente comerem em pratos de sobremesa ou de sopa. E pires transformam-se em pratos de sobremesa. Copos também servem de taças. Em último caso peçam louça emprestada à mãe à sogra ou à irmã.
Não me interpretem mal, mas dar atenção aos pormenores também é ter atenção a estas coisas. No entanto reconheço como a louça descartável é pratica e no final tudo muito mais simples de limpar e arrumar.
3 - Da comida
No jantar de aniversário do Zé Maria, acabei por fazer arroz de pato. Para o aniversário do António fiz uma cataplana de carne de porco. É na mesma uma coisa que dá para comer só com um garfo. O “problema”, que não é bem um problema, é a questão de ter de se encontrar um acompanhamento. Mais uma vez eu descomplico: com a cataplana opto por servir batata frita. Compro daquela pré frita em cubinhos e faço-a no forno. Fica optima e não dá muito trabalho. Além disso uma salada. Mais simples, só mesmo batata frita de pacote que um dia não são dias.
Para quem não quer, não gosta, não pode, não sabe, não tem tempo... de preparar o prato principal há sempre a opção de encomendar fora a empresas de catering ou restaurantes. Por aqui, às vezes também se vai buscar um leitão (não se esqueçam que eu moro em Coimbra!) e a opção dos frangos de churrasco é sempre valida. (Mas para comer em jantares volantes muito pouco prática)
Sobremesas e bolo de aniversário sempre preparados de véspera. Nada de exageros. No aniversário do António houve natas do céu, bolo de bolacha rápido e umas tarteletes de lemon curd e frutos vermelhos (com tarteletes de compra e curd de limão que tinha congelado). Além do bolo de aniversário de cenoura e chocolate para casa e da bolacha gigante para a escola.
E as entradas é simplificar. Desta vez, em vez de tábua de queijos e enchidos, tinha só um queijinho com doce de abóbora caseiro na mesa. Fiz folhadinhos “comida de massa para massas” como lhe costumo chamar, porque não dão grande trabalho, também podem ser preparados de véspera. E quem diz folhadinhos, diz quiches e empadas familiares. Fiz folhados de alheira e de queijo e mel, mas podem vaiar no que quiserem, como salsicha e mostarda, cogumelos e queijo, alheira e espinafres, farinheira, morcela e maçã..... Outras sugestões rápidas e sem grande trabalho: ovos mexidos com farinheira (ou espargos, ou cogumelos), patês caseiros de atum , delícias, cavala, sardinha..... Tudo em pratos bonitos, composto e com tostas variadas e pão para cada um se ir servindo. Não sou muito de salgadinhos, mas são sempre uma opção que a maioria das pessoas gosta. Podem sempre fazer com antecedência congelar e apenas fritar no dia. Para os ainda mais práticos e descomplicados. Comprar feitos e de boa qualidade e fritar. Simples. No jantar do António preparei folhadinhos de queijo e mel, de alheira, um patê de atum, azeitonas temperadas e bolinhas de carne - tipo croquetes.
4 - Organização
Pensar, escrever tudo, fazer listas, ir às compras e cozinhar tudo o que for possível de véspera. Só deixei as batatas para fazer no forno no dia, montar as tarteletes e cortar o melão em cubinhos.
Deixar a mesa posta de véspera. Ter a máquina da louça vazia para ir colocando a louça suja, e a cozinha arrumada quando os convidados chegam.
Ter as bebidas frescas e o vinho à mão.
Fazer uma pequena mesa de apoio com guardanapos extras, copos extra (no nosso caso de espumante porque tinhamos pessoas que só vinham para as sobremesas), pratos de sobremesa e talheres extra.
E uma dica fabulosa que uma leitora deixou na caixa de comentários do post anterior sobre as festas - papel de alumínio (ou caixas extra) para dividir as sobras pelos convidados. Eu por acaso costumo “oferecer” as sobras a que leva marmita para o trabalho no dia seguinte.
Arrumar tudo assim que a última pessoa sai.
Respirar fundo e pensar que só no próximo ano se volta a repetir... ou passado uns meses, vá!
Alguma coisa mais? Outras ideias?
Partilhem tudo!