quinta-feira, 10 de novembro de 2016

(Antes de começar) Dos Presentes de Comer


Há muitos e muitos anos que faço estes mimos comestíveis para oferecer. Comecei a fazê-los essencialmente para escoar o excesso de compotas e marmeladas que fazia com a fruta e legumes que os avós me traziam. E porque era uma forma de dar um mimo a alguém de quem gostamos, sem que para isso tivesse de ir para um shopping e comprar outra coisa qualquer.
A questão do orçamento pesa, mas não era, nem nunca foi determinante.
Depois veio o blogue, chegou a crise, e quase todos começaram a fazer “cabazes de natal” caseiros e passou-se a mensagem que era para “poupar”. Não me interpretem mal. Não tenho nada contra a poupança - bem pelo contrário - mas “irrita-me” a ideia de que só damos presentes caseiros (de comer ou de outro género), para poupar, para não gastar, porque estamos em crise. 
Embora isso possa ser totalmente verdade, uma coisa não impede a outra.
Durante vários anos andamos a vender a ideia de que os presentes caseiros eram uma forma de poupar no natal. E por mais que se tentasse explicar tudo o resto, todo o carinho, dedicação, amor e tempo que está por detrás de um presente deste género, só ecoava a parte do gastar menos, do poupar. Acho que isso determinou que muitas pessoas vissem até com outros olhos as pessoas que ofereciam estes presentes.

Olhavam para um cestinho com compotas, bolachinhas caseiras e afins, sem lhe perceberem o real valor. Olhavam para aquele pressente que eu considero de amor, com um ar de desconsolo. Confesso que pessoalmente nunca me aconteceu, mas tenho ouvido, ao longo dos anos, muitos relatos nesse sentido.
A ideia de se “vender” estes presentes apenas como técnicas para poupar teve este risco. E achp que há agora algumas dificuldades em explicar o verdadeiro sentido dos presentes caseiros e dos presentes de comer.
Eu adoro dar estes presentes. Adoro fazê-los, adoro correr lojas à procura de etiquetas, fitinhas, miminhos, decorações, caixinhas e eu sei lá mais o quê, para os colocar o mais mimosos por cima. Adoro procurar receitas, decidir quem recebe o quê com base nas preferências dos meus amigos e familiares. Adoro o tempo que coloco em cada detalhe.
Tenho mesmo muita pena que alguém que se dedica de corpo e alma a um presente caseiro, não tenha o feedback que merece. Tenho pena que as pessoas valorizem mais um par de meias, um livro ou um cheque prenda, muitas vezes comprado por atacado, depois de uma tarde de fim de semana passada num shopping apinhado com miúdos chorosos atrás e quando já estamos cansados de lojas cheias e desarrumadas. Tenho pena que não se valorize a partilha e a dedicação de um presente feito com as nossas mãos.
Das muitas coisas que eu acho que estragaram o Natal, foi esta febre consumista. Não me interpretem mal. Eu gosto de receber presentes. De ser surpreendida. De saber que aquela pessoa pensou no presente que me está a oferecer. Mas o natal é mais do que trocas de prendas caras. Do concurso de quem dá a prenda melhor ou mais valiosa.

É preciso pouco para valorizar uma prenda caseira. Eu até posso estar a usar as pêra ou a abóbora que a cunhada me ofereceu. Ou as maçãs que vieram de Alcobaça. E posso ter comprado pouco mais do que açúcar e estar a usar frascos e latas reciclados.
Mas o tempo e a dedicação que coloco em cada um dos frascos de compota? Isso não conta para nada? O meu tempo também vale dinheiro, assim como a minha dedicação. Um valor que poderá ser difícil de acertar. Descascar fruta e colocá-la num tacho. Juntar o açúcar e amor e carinho em cada vez que se mexe. Estar atenta até a compota estar no ponto. Encher frascos, decorá-los, dar atenção aos pormenores. Qual o valor? Não sei. Só espero que quando ofereço um frasco de compota, um pacotinho de biscoitos ou umas bolachinhas decoradas a pessoa que as recebe saiba ver em cada detalhe esse amor e dedicação. E não pense apenas que está a receber um presente fruto da crise, do desemprego, das dificuldades da vida. Quero que veja um presente de amor. Porque é isso que é um presente caseiro.

Desculpem o desabafo e o texto longo. Custa-me saber que tantas pessoas desistem destes mimos apenas e só porque quem está do outro lado não consegue perceber o esforço e a dedicação, mas principalmente o amor e o carinho. 
E espero que se sintam inspirados a dar um pouco de vosso tempo e a oferecer presentes de comer.
Prometo que para a semana começo a partilhar receitas para fazerem os presentes mais saborosos de sempre, cheios de amor e carinho.


Qual a vossa opinião? Qual o vosso feedback?

33 comentários:

  1. Das prendas mais difíceis são as dos meus pais.
    Por 2 anos fiz cabaz de Natal , com direito a licores caseiros, bolos, bolachas, temperos, etc....
    Ao fim desses 2 anos a minha mão ligou a avisar que não gostava do cabaz de Natal, que o Natal era para comprar prendas para ela e não para fazê-las.
    Cada vez que tenho de comprar a prenda dela dá-me cá um sentimento anti-natal....

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    1. Bruna,
      Para dizer a verdade eu não ofereço cabazes de natal aos meus pais, sogros, cunhados/irmãos, sobrinhos e avós. Mas ofereço a todas as outras pessoas. Aos primos, tios, e todos os nossos amigos.
      Mas as prendas que ofereço também não são propriamente um prenda comprada num shopping. Tento sempre oferecer algo original e único. Mas se oferecesse, sei que eles iam gostar!
      Mas compreendo o sentimento anti-natal.
      Um beijinho,
      Joana

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  2. No ano passado, pela primeira vez, decidimos fazer cabazes de Natal. Tinham bolachas, azeite aromatizado, bombons caseiros e compotas. Na minha familia gostaram porque perceberam o carinho que ali estava e o cuidado. Na familia do meu marido nem acreditavam que tivessemos sido nós a fazer... e encararam completamente como forretice nossa. Resultado: este ano já decidimos não voltar a fazer. Perder tempo que é tao escasso para essa reacçao, nao tenho paciência. Vão levar uns vinhos e uns bombons comprados no supermercado em promoçao e assunto arrumado!

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  3. Durante muitos natais fiz cabazes com os mais variadíssimos recheios. Notava sempre que quem os recebi não dava valor e encarava como forretice minha. Nunca o fiz pela questão monetária porque desengane-se quem pensa que fica mais barato do que comprar um simples presente, porque não fica. A menos que se recicle muito... porque entre material (frascos, garrafas, fitas, decorações, etiquetas e embalagem) e os ingredientes, gasta-se uma boa maquia. Depois, some-se a questão do tempo. O tempo que perdia a fazer os elementos que compunham o cabaz e a prepará-los é algo que neste momento não posso dispender, nem quero na verdade. Agastava-me naqueles últimos dias do natal a preparar tudo para depois ter reacções desanimadoras. Deixei-me disso. Ofereço uma ou outra compota, licor, etc. mas de forma isolada, como pequeno mimo, ou em conjunto com a prenda que escolhi para a pessoa.

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  4. Eu já dei prendas feitas por mim, pintava caixas e moldura tendo em conta o gosto de cada um e dava. Aos homens, vinhos e já está. Nunca recebi um comentário menos desagradável, muito pelo contrários foram todos bastante positivos. Mas se por acaso recebe-se algum podiam ter a certeza que essa pessoa, seja ela quem fosse, nunca mais iria receber nada pois mais que o valor da prenda conta a intenção, o amor e carinho que temos em dedicar o nosso tempo a fazer algo único e se não gostam dele não iria gastar nem mais um tostão e nunca mais lhe oferecia nada. Nestas coisas sou muito radical... posso estar errada mas primeiro os valores e depois o dinheiro!

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  5. Concordo com o tudo o que escreveu,também gosto de fazer o que ofereço,se pensam que não tem valor problemas deles...
    Importa sim o amor que coloco em tudo o que faço.
    Beijinho Joana e continue pois é inspirador

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  6. penso que depende muito das pessoas que os recebem e das expectativas que têm acerca do natal. houve um ano em que decidi oferecer cabazes porque achei que iria poupar, mas verdade seja dita a poupança não foi assim tão grande. para oferecer cabazes ricos e variados, bem decorados e preparados com carinho, gastei mais do que se tivesse encontrado alguma coisa numa das várias promoções de novembro até ao natal. houve quem gostasse, houve quem não valorizasse grande coisa. eu senti o esforço e o cuidado que investi em cada presente e fiquei muito feliz quando quem os recebeu os estimou também. depois de ter passado por essa experiência hoje também valorizo de maneira diferente os presentes caseiros que recebo, mas não só no natal. adoro quando os meus amigos ou familiares me trazem das suas hortas excesso de frutas e legumes porque sabem que para mim isso conta muito mais do que uma prenda. ou quando se lembram de mim quando vão de férias e me trazem especiarias que sabem que nunca experimentei nos meus cozinhados. pequenas coisas que demonstram como me conhecem e como gostariam de me ver feliz, não apenas no natal mas no ano inteiro.
    se se perdeu o sentido do natal com este consumismo que pode motivar o desprezo por cabazes caseiros? não sei... teremos de nos perguntar o que é realmente o natal para sabermos o que foi ganho e o que foi perdido. e se actualmente nos confundem esta azáfama e excessos que se cometem nesta época, cabe-nos a nós educar e mudar mentalidades, especialmente com as gerações mais novas e que podem perfeitamente ser ensinadas quanto ao valor contido num presente caseiro e que não se traduz apenas em euros poupados. e se esse sentimento se prolongar no ano inteiro e as fizer valorizar muito mais do que uma playstation nova, tanto melhor.

    beijinhos

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  7. Sempre gostei muito de dar prendas e de receber, chegava ao ponto no natal de alterar o embrulho de cada oferta e personalizar a meu gosto, sempre dei valor às coisas feitas, adorava receber uma oferta, para mim era sinal que se tinham lembrado de mim (nem que fosse um queque), a minha família não vivia com esse "espírito" e a família do meu marido menos ainda, para a família do meu marido o que tinha e tem valor são as prendas caras, ofertas feitas em casa são postas num canto, vivem num consumismo e não no espírito de dar e receber, da lembrança, por esse motivo desde à uns anos para cá só ofereço ao meu marido e aos meus filhos e claro faço sempre um mimo para mim com direito a embrulho e tudo. Adoro os seus cabazes, sou uma visita assídua aos seus blogues, e a partir dessa altura do ano vibro com o Natal e já começo a pensar nas iguarias para os meus amores :)

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  8. Estou nesta luta consigo Joana! E estou ansiosa pelas suas sugestões, a ver o que faço este ano para oferecer àqueles que escolho recompensar com o meu amor na cozinha. bjs

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  9. Cozinhar para mim é um ato de amor. E nada melhor que oferecer o meu amor àqueles que mais gosto. ;) Por isso, sim aos cabazes e a todas as prendas feitas em casa, por nós, para aqueles que amamos. Não por poupança, mas por dedicação, consideração e carinho. Pelo menos é assim que eu penso :)

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  10. No meu caso, há alguns anos que faço cabazes de Natal para oferecer. Tanto os faço com produtos feitos por mim como com produtos que adquiro em lojas de comércio solidário, como, por exemplo, as lojas de Comércio Justo, ou compro em vendas de Natal promovidas por associações sem fins lucrativos, como associações de protecção a crianças em risco, de animais abandonados, cooperativas de pequenos produtores e por aí fora. Faço-o porque, para mim, o Natal não pode ser reduzido a uma meia dúzia de idas a um shopping atulhado de pessoas e comprar coisas só porque sim, só porque temos de oferecer algo a alguém. O "algo" que vou oferecer a alguém é "algo" que vem de mim, portanto, tem de reflectir algum aspecto da minha personalidade. É nesse sentido que opto por presentes caseiros e presentes solidários, porque para mim a solidariedade é muito importante, e é um valor muitas vezes esquecido. Fazer e oferecer um presente caseiro também reflecte uma parte de mim, e que é o meu gosto pela cozinha e por partilhar os meus cozinhados. Assim, dou presentes caseiros a quem sei que também partilha os mesmos valores, e que aprecie os meus cozinhados. Ofereço presentes solidários a quase todas as outras pessoas. As excepções são aquelas a quem torce o nariz a quase tudo, e presta atenção apenas ao valor material do que é oferecido, algo que considero que deveria ser secundário. Mas, se a pessoa a quem ofereço não valoriza o mesmo que eu, então opto por algo que não seja desagradável para nenhuma das partes: compro alguma coisa, não recebo o ar de desagrado da pessoa, e ela fica satisfeita. No fim, todos ficamos mais felizes, que é o que mais importa! :)

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  11. Nós cá em casa não festejamos o Natal. Mas em qualquer ocasião dou coisas (comestíveis ou não) a quem sei que aprecia e muitas vezes também as faz! E mais,
    adoro também receber coisas feitas pelos outros! Como é evidente a maior parte das vezes não fica mais barato! Mas só ofereço a quem acho que merece e reconhece o esforço, cuidado e carinho dessas coisas. Felizmente dou-me com muito poucos que não o fazem 😉

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  12. Olá Joana, parabéns pelo seu blog e pela partilha. Em relação aos cabazes num senti isso mas já me aconteceu há uns anos atrás quando pintei umas caixas de madeira e peças em barro receber um sorriso amarelo é um " A fos-te tu que fizes-te", como se não tivesse nem gasto dinheiro nos matérias nem o meu tempo, para essas pessoas as prendidas home made foram abolidas. Agora só recebe que da valor. Bjs tudo de bom para si e para os seu, em especial para os dois pequenos príncipes.

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  13. Joana, eu faço cabazes de Natal e sei que são muito bem recebidos... dá-me imenso gosto fazê-los, decorar potes e caixinhas, pensar num tema... Faço alguns pequenos com umas bolachinhas e uns chás, por exemplo e outros bem recheados e sei que toda a gente os valoriza não pelo valor monetário mas pelo tempo, dedicação e amor que representam. Não ofereço só cabazes, precisamente porque sei que algumas pessoas não lhes dá esse valor!
    Beijinhos

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  14. Como a compreendo. Eu que adoro que me dêem um presente que não vem de uma loja mas sim do tempo do carinho que o outro me dedicou. Isso é um presente, o restante é muitas vezes obrigação. Gosto de dar mimos que faço sejam de comer ou artesanato feito por mim, um poema, umas ervas para o chá que eu cuidei, colhi, sequei e embalei num saquinho bonito. Beijinhos

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  15. Olá Joana,

    Eu já fiz prendas caseiras que tirei a ideia dos seus blogues. Achei tão amoroso, acho que não podia dar algo com mais carinho do que algo feito por mim. Então num ano fiz umas compotas de abobora e nozes e noutro arranjei umas caixinhas e fiz uns queques e umas bolachinhas. Tive a ajuda da minha mãe e deu realmente trabalho, quis fazer os queques na véspera para as pessoas receberem aquilo o mais fresco possível. Embora alguns, principalmente crianças, tivessem gostado do que fiz e esvaziado a caixa, sei que os adultos não acharam piada, nota-se perfeitamente na reação ao receber. E por isso desisti.
    Agora limito-me a arranjar prendas baratas porque o orçamento é curto, e sei que com o mesmo dinheiro fazia coisas melhores do que aquilo que compro mas como não apreciam não gasto mais tempo e esforço com isso.
    No entanto, adorava receber algo do género que a Joana faz do que simplesmente algo que é dado só porque sim, só para despachar.
    São gostos mas infelizmente muita gente liga ao valor da prenda, se é caro já é bom.
    Vou aguardar as receitas, serão de certeza boas para fazer quando se recebe alguém :)
    Beijinhos

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  16. Olá Joana,

    Sempre gostei de cozinhar, gosto de mimar as pessoas com bolinhos, bolachas, compotas durante todo o ano. Carinhosamente digo que são as minhas cobaias.
    Todos os anos faço um "mini cabaz" para oferecer às pessoas que me são mais próximas. Tal como a Joana neles deposito todo o meu carinho e amor, e não, ninguém tem ideia do tempo que nos é "roubado" a escolher receitas, a escolher as embalagens, a confeccionar as coisas.
    Normalmente a crítica é positiva, dizem-me que os filhos ou sobrinhos, devoraram as bolachinhas e eu fico feliz! As crianças são sinceras, quando gostam gostam. Por outro lado já ouvi adultos dizerem que as bolachas estavam rançosas por exemplo. O que me magoou muito porque todos os ingredientes são comprados na altura, estamos em Dezembro (tal não acontece com a manteiga) e cada fornada que faço provo antes de acondicionar nos cabazes.
    A ideia de que os cabazes saem mais baratos é um engano. Se calhar gastamos mais dinheiro nos ingredientes, no tempo e em tudo o que envolve a sua preparação, quando seria muito mais simples ir a uma loja e despachar as compras todas.
    Quando ofereço algo cozinhado por mim, sinto que estou a dar parte de mim. E infelizmente muitas vezes esse nosso mimo é completamente desvalorizado.
    Beijinhos Joana.

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  17. Concordo plenamente! Só uma vez ofereci presentes de comer, adorei fazê-los, não ficaram assim tão baratos, mas realmente não vi o agradecimento que esperava. Só uma amiga gostou,ou mostrou a sério que gostou, e ainda hoje fala nas bolachinhas de gengibre e laranja. Por isso n voltei a repetir a proeza... Mas confesso que este ano pensei nisso, nem que fosse para as avós,que dão mais valor a estas coisas. Mas estou grávida e não sei se terei essa disponibilidade. Ainda vou pensar! :)

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  18. Não poderia estar mais de acordo.... fiz ainda durante 2/3 anos os cabazes de natal para oferecer. Passava dias na cozinha de roda do fogão e do forno e depois no fim nunca ouve um simpático comentário ou qualquer tipo de feedback. Como é lógico acabei por desistir....

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  19. Costumo fazer presentes comestíveis para oferecer, só há uma pessoa que sei que não gosta nem dá valor, mas passa-me ao lado, de resto é bem recebido e valorizado.

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  20. Costumo fazer presentes comestíveis para oferecer , só há uma pessoa que sei que não gosta nem dá valor, mas passa-me ao lado, de resto é bem recebido e valorizado.
    Aida Lopes

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  21. Fazer este tipo de cabazes não é uma solução económica. Se formos a fazer bem as contas ficam mais caros que algumas "prendas de shopping": são cestos, caixas e caixinhas, fitas, etiquetas, papel celofane, açucar, farinha, chocolate, manteiga e outros tantos ingredientes que não vem da horta nem de ofertas...
    Barato é que não fica! Valha-nos o amor com que se faz!

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  22. Olá Joana, subscrevo aquilo que escreve! Eu gosto de oferecer mimos caseiros, tenho prazer em fazê-los, e a quem ofereço, sei que também tem enorme prazer em receber:)Nem faria sentido ser de outro modo! Um beijinho para si, é sempre um enorme prazer passar por aqui.

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  23. Depois há também o outro lado (e olhem que eu estou de ambos, adoro fazer mimos destes, já tenho ali um licor de castanhas, umas castanhas em calda e uns frasquinhos de compota que fui fazendo), em que recebemos o dito presente e o ''aviso'' de que aquilo deu imeeeenso trabalho. Que se esteve tantas horas de volta do fogão, que se gastou não sei quantos não sei onde, que se andou numa fona que só Deus sabe para comprar os autocolantes e as garrafas e coiso e mais mimimimis. Quase que pedi desculpa por receber a oferta!

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  24. Olá, concordo a 100%! O tempo que se passa de volta das prendas e o carinho que se coloca nos pormenores e na escolha de quem recebe o quê, tem um valor que transcende em muito o valor monetário daquilo que efetivamente gastamos! Confesso que aproveito o facto de ter fartura na horta e de ser menos dispendioso, mas essa tb não é a razão principal. Não vejo grande vantagem em estar um dia no shopping a "aviar" prendas!! Tb tenho estado de volta dos meus cabazes, com muito carinho e dedicação!!
    Fico à espera de mais ideias porque este ano, resolvi dar um grande cabaz à minha Mãe!

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  25. Concordo com a Joana. Um cabaz comestível é muito mais do que poupança (e até esta depende do tipo de cabaz!..). O tempo e a dedicação que lhe damos não têm preço. Além de num simples pacotinho de bolachas está a intenção de dar, e isso é superior a tudo! Eu não faço cabazes mas ofereço pacotinhos de bolachas às pessoas do meu coro,aos meus catequisandos e explicando. Porque gosto deles e faço questão de lhes dar um miminho no natal. Os amigos mais íntimos levam também as bolachas juntamente com o presente, ou os bombons. Mas até esses levam às vezes presentes caseiros, como peças em feltro ou em malha. E os postais sao sempre feitos à mão!

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  26. Olá...
    Primeiramente, Joana, adoro os dois blogs. Todos os dias venho dar uma espreitada e tirar alguma ideia. Gosto imenso do trabalho que é realizado em ambos os blogs.
    Eu nunca dei presentes caseiros, pois as pessoas ficam com um ar de desprezo pela prenda oferecida.
    Concordo que devem dar bastante trabalho e, depois ver o ar de "Olha, deu-me esta coisa/porcaria!!??!!??!!", como se não fosse um carinho, um miminho e algo bom e feito com amor... E depois apercebo-me que nas costas da pessoa fazem "chacota" pela prenda oferecida... Sinceramente são pessoas que nem sequer um rebuçado e "Feliz Natal" merecem...
    Desculpem, mas já assisti a isto e custa bastante ver o ar de derrota e desgosto da pessoa que ofereceu... Beijinhos

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  27. Cada vez mais, gosto de dar coisas que as pessoas apreciem realmente! Pode ser alguma coisa comprada, mas para aquela pessoa. E tem de lhe encher as medidas! Como me enche a mim oferecer. Comprar presentes a martelo não é para mim. Encher as casas ou armários com mais uma peça também não. Prefiro, pelo menos, dar alguma coisa que a pessoa usufrua. Comendo-a!
    Margarida

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  28. olá Joana adoro o seu blog, há vários anos que o sigo é a segunda vez que escrevo. Adoro os cabazes, não ofereço só cabazes mas tenho pessoas amigas que ofereço marmelada, doce de tomate, azeite, figos cheios, azeitonas, molhos de louro, por vezes quando tenho vinho caseiro e bagaço. Normalmente faço bolsinhas alusivas ao Natal, saquinhos de sarrapelheira que servem para outros usos. Quando nos oferecemos este tipo de presentes a pessoas que vão para o estrangeiro, simplesmente adoram. Todos este artigos são caros, que não dá valor monetário, experimentem comprar, já para não falar da nossa dose de carinho. Também costumo bordar coisinhas, paninhos, toalhas, etc.Eu adoro que me ofereçam por exemplo batatas, couves, laranjas, etc, prefiro a certas bugigangas. Um bom Natal e ofereçam o que quer que seja com o coração e obg pelas ideias. Margarida

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  29. Felicitaciones. Idea hermosa. Voy a tratar yo mismo. En tanto que Saguo. Si como yo que pasa cerca. Un abrazo Francesca.

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  30. Obrigada por esta partilha, foi algo que eu também senti e quase desisti de fazer os presentes caseiros, mas a questão é que a escolha que eu fiz foi oferecer amor e carinho. Isso, juntamente com a dedicação não podem ser medidos, por isso quem não gostar desses presentes, tem bom remédio: ofereçam de volta. Eu continuarei a fazer e a ser diferente e agradeço por continuar a dar-nos ideias maravilhosas. Bem haja

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  31. Olá Joana, há vários anos que sigo os seus blogs.Em relaçao ao seu desabafo compreenda a perfeitamente, de há uns anos a esta parte tenho feito algumas prendinhas, ja fiz cappucino, chocolate quente, licor de canela e bolachinhas. A verdade é que sei que há amigos que apreciam o gesto mas há outros que simplesmente os colocam numa prateleira a enfeitar...para esses deixarei de oferecer certamente. Para mim tem mais valor algo feito pela pessoa do que uma caixa de uns quaisquer chocolates compradas apressadamente num qualquer supermercado.

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  32. Olá,

    Concordo plenamente, eu até dou imenso valor ás coisas feitas por nós. Prefiro receber um presente que foi feito com amor e carinho que uma coisa qualquer que se comprou porque sim. mas dou poucos pesentes feitos por mim, porque a realidade é que as pessoas não dão grande valor. então só dou a quem realmente merece. è uma pena que o capitalismo tenha estragado tanta mente.

    bj

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